O Estado de Sergipe (SE), localizado na região Nordeste do Brasil, com uma população de 2,3 milhões de habitantes, enfrenta desafios significativos em saúde e infraestrutura, apesar de avanços em indicadores sociais atualmente. Em resposta às limitações em sua capacidade de gestão, em razão do sistema de informação fragmentado, Sergipe iniciou em 2008 uma reforma sanitária e gerencial do Sistema Único de Saúde, centrada no fortalecimento do papel do Estado como facilitador de políticas e na descentralização da oferta de serviços, organizados em Redes de Atenção à Saúde (RAS).

O rápido envelhecimento da população e a transição epidemiológica resultaram em um aumento de doenças crônicas não transmissíveis, que, em 2020, foram responsáveis por quase 70% dos óbitos. Além disso, Sergipe enfrenta uma persistente carga de doenças infecciosas, bem como encontra desafios nos índices de mortalidade infantil e materna, exacerbados pela baixa resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS). A pandemia de Covid-19 agravou esses problemas, com impactos negativos na economia e na capacidade de gestão de saúde do Estado. A fragmentação da rede de serviços e a oferta limitada de serviço especializado e de diagnóstico contribuem para longas filas de espera. Neste sentido, o Proredes tem o intuito de fortalecer a gestão do Sistema Único de Saúde de Sergipe.