Terapeuta Ocupacional tem papel fundamental para a autonomia do paciente

Promover a independência. Essa é um dos principais objetivos de um terapeuta ocupacional, que tem seu dia comemorado em 19 de janeiro. A terapia ocupacional é a ciência que estuda e trata da ocupação humana, quando, por alguma doença ou agravo de saúde, o paciente não é capaz de realizá-la, perdendo a independência ou a autonomia. O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) dispõe de três terapeutas ocupacionais que trabalham entre as UTI’s e a Oncologia para promover a reabilitação do paciente e melhorar a sua funcionalidade.

De acordo com a terapeuta ocupacional das UTI’s I e II do Huse, Anne Carolline Almeida, a terapia ocupacional é diferente da fisioterapia. “A terapia ocupacional é de extrema importância na recuperação do paciente, pois trabalha com a funcionalidade do indivíduo, trabalha as atividades diárias que é pentear o cabelo, escovar os dentes, se alimentar, vestir uma roupa, já a fisioterapia com o movimento. A gente trabalha para que ele reaprenda as atividades e execute-as. Temos uma equipe multidisciplinar que também ajuda nesse contexto que é um fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, tudo em conjunto para um melhor prognóstico. A gente vê o paciente como um ser holístico, ele não veio só curar a ferida dele, a gente trabalha o eu social, por trás desse paciente tem um filho, a esposa, a família que está esperando em casa, um trabalho, a gente cria um plano para que se readapte e crie o plano dele”, explicou a terapeuta.

No Huse, os terapeutas ocupacionais desenvolvem a tecnologia assistida para prevenir deformidades ou agravamento do membro superior para que o paciente realize suas atividades com autonomia e dependência, sem agravamentos. “São situações simples, estimulações cognitivas, prevenção de delírio, estimulação sensorial, entre outras ações. Um paciente por exemplo, escreveu uma carta desejando feliz aniversário para a esposa”, ressaltou Anne Carolline.

A dona de casa Gerusa Cerqueira, 59, sabe muito bem o que representa o apoio da terapia ocupacional para o seu tratamento oncológico. “Eu tenho câncer e continuo fazendo o controle da doença. Tive uma crise convulsiva que me deixou sem fala e internada por um bom tempo, depois de passar por exames de imagem e realizar uma cirurgia do lado esquerdo do cérebro, fiquei com sequela do lado direito, fui para UTI e recebi alta, tive apoio do fono, da fisioterapia e principalmente da terapia ocupacional que me ajudou a recuperar minha autonomia. Um trabalho fantástico desses profissionais”, concluiu.

Publicado: 17 de janeiro de 2020, 16:43 | Atualizado: 17 de janeiro de 2020, 16:43