SES e HU capacitarão profissionais sobre fenilcetonúria nesta quarta- feira, 27
A doença, detectada pelo teste do pezinho, é causada por uma mutação genética, em que o pai e a mãe passam o gene defeituoso para o bebê
Nesta quarta-feira, 27, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) através da Coordenação Estadual, e o Serviço de Referência de Triagem Neonatal, do Hospital Universitário (HU), vão realizar capacitação sobre Fenilcetonúria. A doença, detectada pelo teste do pezinho, é causada por uma mutação genética, em que o pai e a mãe passam o gene defeituoso para o bebê. A ação será realizada na Fundação Estadual de Saúde (Funesa), a partir das 8h.
O treinamento será direcionado para a Atenção Básica dos municípios sergipanos, Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (SEDUC), Secretaria Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho, SES, e conduzido por representantes do HU. A proposta, de acordo com a coordenadora de Atenção Ambulatorial Especializada, Luciana Alves, é dar subsídio aos profissionais que atuam na rede de atenção. Ainda segundo Luciana Alves, o objetivo é realizar a capacitação para que ocorra uma integração dos profissionais que lidam diretamente com essas crianças.
“Queremos, com isso, a inclusão das crianças na sociedade, para que elas sejam recebidas nas escolas da melhor forma. Então, é necessário capacitar o máximo de profissionais. O intuito é que elas sejam tratadas como crianças normais, com todos os direitos preservados”, disse.
Fenilcetonúria
Os bebês com fenilcetonúria não possuem uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar fenilalanina, um aminoácido importante, que é parte integral de todas as proteínas do nosso corpo. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela automaticamente crescem no organismo. Níveis elevados de fenilalanina são tóxicos ao sistema nervoso central e podem causar dano cerebral.
Sem tratamento, os bebês geralmente desenvolvem sinais da doença dentro de alguns meses. Os sintomas podem ser leves ou graves incluindo a deficiência intelectual; problemas comportamentais ou sociais; convulsões, tremores ou movimentos espasmódicos nos braços e pernas; hiperatividade; alteração no crescimento; dermatite atópica; tamanho da cabeça pequena (microcefalia); odor desagradável na respiração da criança, pele ou urina, causado pelo excesso de fenilalanina no organismo; pele clara e olhos claros se comparados com outros membros da família.
Publicado: 26 de março de 2019, 17:14 | Atualizado: 26 de março de 2019, 17:37