Segurança e economia: Hospital de Estância implanta processos de trabalho em sua farmácia
A farmácia do Hospital Regional de Estância, unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde, localizado no litoral sul sergipano, passa a operar com processos de trabalho institucionalizados, graças à consultoria do farmacêutico Alexandre Leite Freitas, especialista em administração hospitalar e gestão em saúde. Servidor da Rede Estadual de Saúde, atuando no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, vem desde abril modernizando e organizando a forma de trabalho da farmácia para garantir maior segurança ao paciente e gerar economia para o Estado.
Dos cinco processos de trabalho que pretende implantar até outubro deste ano, dois já estão em uso: a padronização de medicamentos e material médico hospitalar por setor da unidade; e a separação por paciente dos antimicrobianos (antibióticos) que serão usados durante todo o tratamento, tendo para isso a parceria do infectologista da casa, Samuel José Rodrigues.
A implantação de um terceiro processo de trabalho está em andamento. “Estamos formatando a padronização de medicamentos e de material hospitalar e seu real consumo”, informou o farmacêutico, acrescentando que essa medida impacta diretamente no Centro de Abastecimento de Insumos e Medicamentos (Cadim), da Secretaria de Estado da Saúde, sob a perspectiva da economia e da redução da sobrecarga para atendimento dos pedidos extras.
Outros dois processos estão no planejamento do farmacêutico e serão implantados na sequência. Diretamente relacionados à segurança do paciente, o primeiro trata da criação de barreiras para que se evite, a partir da aplicação de medicamentos, eventos adversos, que são qualquer ocorrência médica desfavorável ao usuário e que não tem necessariamente relação causal com o tratamento.
Trabalhar a análise de prescrição médica pela equipe de farmacêuticos é outra medida a ser dotada, como destacou Alexandre Freitas. “Vamos analisar dose, interação medicamentosa (reação de um medicamento misturado a outro), via e horário de administração. É o farmacêutico que tem a propriedade, por exemplo, para saber o melhor momento para uso do medicamento, se em jejum, se antes ou depois das refeições”, enfatizou.
Para a superintendente do Hospital Regional de Estância, Luara Carvalho Araújo, a implantação dos processos de trabalho trouxe melhora significativa no que diz respeito à segurança do paciente e à gestão de medicamentos. “Um exemplo: antes, qualquer medicamento que fosse solicitado à farmácia era dispensado. Hoje, cada setor do hospital possui uma padronização, ou seja, no eixo crítico, onde ficam os pacientes graves, os medicamentos solicitados são para pacientes críticos. Isso quer dizer este setor não tem a mesma padronização da porta, onde o paciente é medicado e liberado”, explicou.
Segundo Luara Araújo, com a organização da farmácia é possível falar em economia, uma vez que se pode ter uma melhor visualização do quê e quanto solicitar. “E quem mais ganha com estas medidas são os pacientes, porque podemos dar a ele a assistência que precisa e merece”, assinalou a superintendente.
Publicado: 26 de agosto de 2019, 14:12 | Atualizado: 26 de agosto de 2019, 14:12