Segurança do paciente é tema de palestra no Huse
Identificação do paciente, lesão por pressão e uso seguro de medicamentos. Esses foram os temas debatidos na manhã desta quarta-feira, 10, durante evento realizado no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que reuniu técnicos e profissionais de enfermagem, além de estudantes da área de saúde. O objetivo do evento foi intensificar as medidas que reduzem riscos aos pacientes no âmbito hospitalar, além de aprimorar cada vez mais a assistência ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).
A primeira palestra ficou por conta da fisioterapeuta do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do Huse, Genny Garabyra. De acordo com ela, o NSP desenvolve muitas ações voltadas para o controle e prevenção, trabalhando os seis protocolos internacionais (seis metas) de segurança do paciente. A Lesão por Pressão é uma delas e foi debatida durante o evento.
“Em 2016, houve uma queda de 46% de lesão por pressão na UTI 1. Já na UTI 2, houve queda de 54%. Depois da instituição dos protocolos de prevenção, a gente teve em 2018, uma notificação de lesão por pressão de 40%. Vale destacar que a característica da lesão é realizada pela Comissão de Pele do Huse e algumas medidas implementares são as capacitações periódicas, colchões pneumáticos e viscoelásticos”, explicou.
Em seguida, foi a vez da enfermeira do NSP do Huse, Ellen Karla Koga, falar sobre o uso seguro de medicamentos. “É na prescrição médica onde tudo começa, os profissionais devem estar atentos para não correrem riscos com a troca do medicamento com rótulos idênticos e durante o preparo da medicação, além de registrar nos protocolos. É importante colocar o medicamento com nomes parecidos distantes um do outro. A higienização das mãos também é fundamental antes de preparar o medicamento, cuidado com as ampolas até chegarem no posto de enfermagem, outro destaque importante e que foi discutido durante a palestra foi a questão do bom relacionamento da enfermagem com a família do paciente”, destacou.
A identificação do paciente foi debatida pela infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia, Segurança do Paciente e Infecção Hospitalar (NESPIH) do Huse, Iza Fraga Lobo. Ela destacou a importância de fortalecer a qualidade do atendimento aos usuários do SUS e a identificação do paciente é o primeiro item.
“A identificação segura e correta do paciente é o primeiro item. Um ponto tão básico que dispensa apresentação e a necessidade de refletir. Mas, o fato é que muitos problemas existem através de uma identificação incorreta, a gente pensa que identifica os pacientes e que está seguro disso, mas, existem muitas falhas e erros de identificação que podem produzir e gerar eventos adversos graves como trocar bebês, troca de pacientes em cirurgias, troca de pacientes em óbito, isso por falhas na identificação”, contextualizou.
Ainda e acordo com ela, muitos problemas e a importância de identificar o paciente de forma segura foram abordados como item número um como da segurança do paciente, seguido da comunicação, melhorar a segurança na prescrição, cirurgia segura, higienizar as mãos e reduzir os índices de úlcera por pressão. “Esses são os elementos que reúnem a maior quantidade de evento adverso e são de maior facilidade de operacionalidade e intervenção com prevenção específica e efetiva, então, é muito importante olhar por isso”, declarou a infectologista”, finalizou.
Publicado: 10 de abril de 2019, 15:51 | Atualizado: 10 de abril de 2019, 15:51