Samu orienta a população sobre como usar corretamente o serviço
Por Júnior Matos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) é a referência para a assistência pré-hospitalar no Estado. O serviço, que atua dentro das diretrizes do Complexo Regulatório Estadual, tem como finalidade prestar o primeiro atendimento em casos de urgência e emergência.
As pessoas podem contribuir para o bom desempenho das atividades do Samu. Por isso, o serviço orienta que, no trânsito, por exemplo, a população dê passagem aos veículos de urgência tais como os de combate a incêndio e salvamento, polícia, operação e fiscalização de trânsito e ambulâncias (quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente).
Estas ações estão previstas no artigo 189 do Código Brasileiro de Trânsito: “deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes é considerada infração gravíssima, com penalidade de multa”.
“O simples ato de dar a preferência quando uma ambulância estiver com o alerta sonoro ligado, contribui para redução tempo resposta e garante agilidade para o atendimento do paciente”, explica a superintendente interina do Samu 192 Sergipe, Roberta Barreto.
Entenda o funcionamento do Samu
A solicitação dos serviços do Samu é feita de forma gratuita pelo telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na auxiliar de regulação médica/rádio operador (TARM/RO) na Central de Regulação de Urgências do Estado, que são responsáveis pelo preenchimento de uma ficha de atendimento com dados do paciente e local da ocorrência.
“Após isso, a ligação é transferida para o médico regulador que avalia a gravidade do caso e identifica qual a resposta mais adequada, que pode ser uma simples orientação sobre como proceder ou o envio de viatura para atendimento”, explica Roberta Barreto.
Para os casos de menor gravidade, o médico regulador desloca uma Unidade de Suporte Básico (USB), que é composta por um técnico ou auxiliar de enfermagem e um condutor-socorrista para o atendimento no local. Em situações de maior gravidade, as Unidades de Suporte Avançado (USA), também conhecidas com UTIs movéis, são encaminhadas para o atendimento e são compostas por médico e enfermeiro, além de condutor-socorrista e técnico ou auxiliar de enfermagem.
Nos casos de agravos agudos, como a parada cardiorrespiratória, em que os primeiros momentos são cruciais para o paciente, além de orientações passadas ao solicitante, contamos com o apoio das equipes de Motolância.
“Os veículos de duas rodas são mais ágeis, passam por lugares difíceis e que conseguem diminuir o tempo resposta entre a abertura da chamada e o primeiro atendimento pré-hospitalar ofertado ao paciente”, explica.
O Samu tem a finalidade atender ocorrências de urgência e de emergência.
“Existem ligações onde o solicitante faz descrição de casos graves. Mas, ao chegar ao local da ocorrência, encontramos uma situação bem diferente. Pessoas com mal-estar ou diarreia, por exemplo, situações que poderiam ser resolvidas com uma orientação médica e não com o envio de uma viatura. Nesses casos, os médicos reguladores orientam aos solicitantes que não necessitam ser encaminhados USA e/ou USB”, afirma o coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu 192 Sergipe, Ronei Barbosa.
Ainda de acordo com o coordenador, é preciso que o solicitante esteja próximo ao paciente e só ligue para o número 192 para solicitar o serviço em caso de real necessidade.
“Essas ações garantem mais dinamismo e facilidade na hora do atendimento. É preciso que o solicitante esteja próximo ao paciente e passe, com o máximo de precisão possível, o quadro clínico dele ao médico regulador”, revela Ronei Barbosa.
Trotes
De janeiro a maio de 2016 já foram registrados 18.686 trotes. A prática considerada criminosa também gera desgaste ao Samu 192 Sergipe, seja das equipes assistenciais, tempo resposta e equipamentos.
“Mesmo com as campanhas de conscientização que ocorrem durante o ano inteiro, os números permanecem altos. Vale lembrar que as ligações são gravadas. Vidas podem ser perdidas quando o telefone 192 não é utilizado adequadamente. Por isso, estamos intensificando as ações para combater essa prática criminosa”, finaliza a superintendente interina do Samu 192 Sergipe, Roberta Barreto.
Publicado: 15 de junho de 2016, 17:25 | Atualizado: 15 de junho de 2016, 17:25