Projeto leva orientação a pacientes renais do Huse sobre seus direitos

Desenvolver ações sócio-educativas que oportunizem aos pacientes crônicos renais compreender de forma concreta os direitos que possuem, possibilitando ampliar seu conhecimento e sua autonomia. Foi com esse objetivo que foi realizado nesta quinta-feira, 7, no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) o ‘Projeto Valorização dos Direitos dos Pacientes com Doenças Renais do Huse’. Fruto de um estágio desenvolvido entre o convênio da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e Universidade Federal de Sergipe (UFS), do curso de Serviço Social, em que as estudantes passaram um ano e meio de vivência hospitalar e observaram as demandas sociais emergentes do Huse.

De acordo com a referência técnica em serviço Social do Huse, Camila Plínio, as acadêmicas observaram principalmente a questão dos pacientes renais e a partir daí criaram o projeto para esclarecer os pacientes e seus familiares sobre os seus direitos enquanto paciente renal.

“Tudo começou a partir do momento de crise que o hospital passou e que hoje não passa mais. A gente tinha muitos pacientes internos e com dificuldade de vagas ambulatoriais. Esse projeto visa esclarecer e empoderar os familiares sobre os direitos que eles têm a partir do diagnóstico da doença renal crônica. Existe toda uma estrutura previdenciária de assistência social que dá esse respaldo para que o paciente consiga fazer sua hemodiálise e garanta sua qualidade de vida”, explicou.

Duas palestras importantes esclareceram o público presente composto por pacientes renais, seus acompanhantes, além de servidores e visitantes que passavam no local. A especialista em nefrologia e assistente social do Huse, Ana Paula Carregosa, falou sobre a doença renal e enfatizou a importância do Huse para o início desse tratamento.

“Eu falei sobre a doença renal crônica, sintomas, tratamento, locais e clínicas que temos no estado, entre outras informações. O Huse é a porta de entrada para as clínicas, é o único hospital da rede que oferece o tratamento de hemodiálise via SUS. Aqui em Aracaju, somente o Huse tem hemodiálise e dialise peritonial para tratamento SUS. São 45 pacientes internados em terapia renal substitutiva sem previsão de alta. São 10 em alas críticas e 35 provavelmente vão recuperar a função ou vão sair para dar continuidade ao tratamento em outras clínicas”, pontuou.

A outra palestra foi com o assistente social do INSS, Welber Gontran, que levou uma discussão sucinta e clara a cerca dos benefícios por incapacidade em que os pacientes têm direito. “Nós enquanto INSS fomos convidados, estamos trazendo aqui uma discussão sobre o auxílio doença, um benefício que é porta de entrada do INSS, lembrando que esse benefício é para assegurados da previdência, aqueles que contribuem e trouxemos também uma discussão acerca do beneficio de prestação continuada que é um beneficio de uma política de assistência social valido também para quem não contribui”, esclareceu.

Para quem participou da palestra como a dona de casa Maria Auxiliadora de Santana, 71, foi um momento de esclarecimento e informações. “Estou acompanhando meu cunhado que faz tratamento há um mês. Aqui é tudo muito organizado e ele está muito melhor, diferente de como entrou aqui. Fui convidada a participar dessas palestras e estou gostando porque nos deixa bem informados sobre algumas dúvidas que temos sobre o paciente. É muito bom, quanto mais informação a gente tiver a gente vai saber como agir em determinadas situações”, concluiu a dona de casa.

Publicado: 7 de fevereiro de 2019, 15:15 | Atualizado: 7 de fevereiro de 2019, 15:15