Profissionais alertam sobre a importância do descarte correto dos perfurocortantes
O Plano de Gerenciamento de Resíduos e Serviços de Saúde (PGRSS) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) visa uma segregação e acondicionamento correto dos resíduos e principalmente o perfurocortante que é causa da maioria dos acidentes de trabalho envolvendo profissionais da saúde.
O plano faz parte da resolução 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os benefícios com os resultados do descarte correto são voltados para os próprios funcionários e, principalmente, para quem usufrui desse serviço que são os pacientes e a comunidade. Todo o resíduo do hospital é identificado, a higienização recolhe a caixa do perfurocortante e coloca no expurgo.
“A empresa responsável é quem recolhe o lixo infectante de lá e encaminha para o destino final. Cada um com sua identificação” declarou a gerente de lavanderia e higienização do Huse, Luiza Chaves.
Hoje, a maioria dos acidentes com os profissionais é envolvendo perfurocortantes, o EPI é a norma regulamentadora básica, toda instituição tem que partir do princípio de segurança do trabalho, a começar pelos EPI’s. O coordenador do Pronto Socorro, Vinícius Vilela, explicou que em cada posto de enfermagem do hospital tem uma caixa de papelão exclusiva chamada descarpack.
“Toda equipe médica e de enfermagem já conhece bastante e após todo o procedimento invasivo do paciente, agulhas ou perfurocortante são colocados dentro dessa caixa que quando chega ao nível determinado ela é lacrada e é encaminhada para a pesagem e descarte apropriado. Os profissionais devem ficar atentos ao nível da caixa, ela é pontilhada e deve ser evitado passar dessa margem para evitar o risco de acidente”, informou.
Ele explica ainda que o profissional nunca deve tentar apilar a caixa ou balançar para tentar caber mais, nem tão pouco introduzir a mão dentro da caixa porque corre o risco de furar ou cortar. “Todo cuidado ainda é pouco, se isso acontecer não vai poder identificar o paciente fonte, não vai saber como tratar, quando há um acidente de trabalho com perfurocortante sabendo quem é o paciente é muito mais fácil e rápido de conduzir o caso. Quando isso acontece o profissional é tratado como se fosse um paciente potencialmente contaminado é realizado todos os exames e dependendo do caso ele toma o coquetel, porque não sabe qual é a fonte”, finalizou.
Publicado: 14 de julho de 2017, 18:19 | Atualizado: 14 de julho de 2017, 18:19