Número de leitos de UTI do SUS/Sergipe está na média do Ministério da Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o Sistema de Saúde é composto pelo SUS e pela saúde suplementar. Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o espaço destinado ao atendimento de pacientes críticos, que precisam de um monitoramento complexo e especial.
Vale ressaltar que a UTI não é o lugar somente para atender a demanda de urgência e emergência. Ela é necessária, também, para a assistência aos pacientes de cirurgia de alto risco, mesmo sendo procedimentos cirúrgicos eletivos.
A SES reforça, ainda, que alguns fatores contribuem para que a demanda por um leito de UTI seja constante: aumento da expectativa de vida da população, gerando aumento de doenças crônicas degenerativas (diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, respiratórias) e quedas em idosos; aumento de acidentes de trânsito e de situações de violência, com prevalência de acidentes motociclísticos. São fatores mínimos da dinâmica populacional que geram um aumento considerado da necessidade de assistência à saúde.
O sistema de saúde é composto por eixos de atenção, sendo que a hospitalar e a de urgência e emergência sofrem com alta demanda de pacientes devido à baixa resolutividade da atenção primária e especializada, principalmente no que refere a questão da promoção e prevenção.
Segundo o Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), Sergipe conta com 567 leitos totais no eixo crítico (uti e semi-intensivos). A portaria nº 1.101/2002 recomenda a existência de 2,5 a 3 leitos hospitalares a cada 1 mil habitantes, sendo que, do total geral, de 4% a 10% devem ser leitos de UTI. A estimativa da população sergipana é de 2.242.937 habitantes (registrada pelo IBGE no ano 2015). Com base nesse número, Sergipe precisaria minimamente de 224 leitos de UTI (4%) e 561(10%).
De acordo com o SCNES, Sergipe possui 396 leitos de UTI entre públicos e privados, o que dá percentual de 6.57%, estando dentro do padrão esperado pelo Ministério da Saúde através da portaria nº 1101/2002. Desses, 241 são SUS estando na rede pública e filantrópica. Somente os do SUS atingiria o percentual mínimo de 4%.
Mais dados
O SCNES mostra que Sergipe conta com 257 leitos de UTI adulto existentes (sendo que 146 pertencem ao SUS) e 22 leitos existentes de UTI pediátrica (20 deles são do SUS).
A SES ressalta, ainda, que os leitos públicos estaduais foram os que mais aumentaram em número. O Huse, por exemplo, passou de 13 leitos de UTI Adulto em 2007 para 65 em 2015. Através da FHS, foram operacionalizados ainda leitos de UTI em hospitais no interior: 10 no Hospital Regional de Lagarto e 10 no Hospital Regional de Itabaiana (estes ainda não visualizados no SCNES por não ter portaria de habilitação publicada pelo MS).
A descentralização de leitos críticos qualifica muito a assistência em terapia intensiva, considerando que é uma necessidade da população. A regionalização da saúde é uma diretriz do SUS.
O sistema conta, também, com leitos de cuidados intermediários (conhecidos como semi-intensiva) que são importantes para a rotatividade dos leitos de UTI. São 171 leitos totais, sendo 130 pertencentes ao SUS e 41 da rede privada.
A respeito das UTIs neonatais, o SCNES aponta que Sergipe possui 117 leitos totais, sendo a sua maior parte 64.10% leitos SUS.
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), referência para o atendimento às gestantes de alto risco e bebês prematuros, é a unidade do estado que possui o maior número de leitos de UTIN: 34 leitos. Conta ainda com 25 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (Ucinco). É também a única no estado a possuir leitos Mãe Canguru. Em 2006, quando ainda era a Maternidade Hildete Falcão Batista, a unidade disponibilizava apenas 6 leitos neonatais.
Publicado: 26 de agosto de 2016, 10:41 | Atualizado: 26 de agosto de 2016, 10:41