Núcleo de Produção Científica da Funesa apresenta resultado da pesquisa do Sistema de Informação sobre Mortalidade

Por Kitéria Cordeiro

O resultado da pesquisa científica “Estudo sobre o sentido e o significado do curso de codificação para qualificação do SIM em Sergipe: um diálogo com os alunos-trabalhadores” foi apresentado aos pesquisadores do Núcleo de Produção Científica (NPC) da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O encontro aconteceu no Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SES, localizado no edifício Maria Feliciana.

A atividade teve início com a apresentação do NPC-Funesa, feita pelo pesquisador Francisco Santana, que fez uma retrospectiva do surgimento e das atividades do Núcleo de Pesquisa no âmbito da Funesa.

“O estudo teve início em 2014 e foi uma demanda de gestão inserida no Plano Anual de Atividades (PAA)  da Funesa. O seu desenvolvimento só foi possível porque contou com o empenho dos pesquisadores: Tânia Santos de Jesus, Kenya Idamara Mendonça da Nóbrega, José Francisco de Santana, Flávia Priscila Souza Tenório e Rosiane Azevedo da Silva Cerqueira, e a colaboração de Maria Gorete da Rocha Santos, Dayanne Santana dos Santos, Daniele Marin Nardello, Márcia Dantas Ferreira de Santana, Quenaua Gouveia Nabuco e Daya Devi Souza de Oliveira”, afirmou.

A pesquisadora Flávia Priscila Souza Tenório apresentou o estudo que objetivou conhecer o sentido e o significado para um coletivo de trabalhadores sobre uma ação educativa envolvendo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Flávia levou detalhes do percurso  metodológico que foi desenvolvido e informou  que o estudo observou aspectos éticos mediante submissão a Comitê de Ética.

Segundo ela, “de 20 indivíduos oriundos dos municípios de Tomar do Geru, Malhador, Itabi, Pacatuba, Ribeirópolis, São Cristóvão, Santo Amaro, Pinhão, Arauá, Muribeca, Maruim e Porto da Folha, envolvidos na atividade educativa, 14 serviram de amostra para a pesquisa, após recortes feitos em observância aos aspectos técnicos”.

Após a exposição, iniciou um debate considerando alguns indicadores: perfil sócio-demográfico; motivação para o trabalho; qualificação e repercussão da capacitação na prática, que foram definidos para analisar os resultados do estudo. Sobre o perfil dos sujeitos do estudo, concluiu-se que o percentual de trabalhadores com vínculo temporário é preocupante, uma vez que, periodicamente, é necessária a introdução de novos trabalhadores para exercer a função de codificadores do SIM, atividade esta que exige atualização e requer acúmulo de experiência.

“Essa apresentação foi de suma importância tanto para a Funesa, que pode  fornecer para a Vigilância Epidemiológica um panorama de como foi realizada a capacitação e a repercussão dela na prática do trabalhador, e o que pode com estes dados embasar na tomada de decisões, propondo ações que melhorem a  qualificação dos Codificadores do Sistema de Informações de  Mortalidade”, disse Kenya Nóbrega.

Sobre o SIM

De acordo com o Departamento de Informática do SUS (DATASUS) do Ministério da Saúde (MS), o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) foi desenvolvido em 1975 com a finalidade de obter, regularmente, dados sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Trata-se de um produto resultante da unificação de mais de 40 instrumentos utilizados ao longo dos anos para coleta de dados sobre mortalidade no país, cuja informatização aconteceu em 1979.

Percorrendo-se a linha do tempo, observamos que o transcurso de doze anos coincide com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e o SIM, sob a premissa da descentralização, teve a coleta de dados repassada à atribuição dos Estados e Municípios, através das suas respectivas secretarias de saúde. Segundo o MS/DATASUS, portanto, o SIM é de abrangência municipal e estadual e tem a finalidade de reunir dados quantitativos e qualitativos sobre óbitos ocorridos no Brasil. As suas variáveis permitem, a partir da causa mortis atestada pelo médico, construir indicadores e processar análises epidemiológicas diversas; o que torna o SIM uma importante ferramenta para a eficiência da gestão na área da saúde.

Segundo  informações  da pesquisadora  e coordenadora do NPC, Tânia  Santos,  a  apresentação dos resultados da referida pesquisa para as áreas da Secretaria Estadual de Saúde foi um momento bastante significativo para o Núcleo de Produção Científica da Funesa e para todos que acreditam na contribuição que a pesquisa pode trazer para os serviços. Foi uma experiência bem exitosa para o NPC-Funesa. Esse coletivo de pesquisadores tem muito a contribuir com dados que podem referenciar os Serviços ofertados pelo SUS.

“O Núcleo de Planejamento Estratégico da SES, já produziu um Boletim sobre a Saúde do Homem e as DST/Aids com as estatísticas da taxa de mortalidade , crianças nascidas no estado, números de óbitos notificados e levantamento do Sistema de Informações,. Gostaria de parabenizar o NPC da Funesa, pela parceria firmada, além da troca de informações que serão de fundamental importância para nosso trabalho”, disse Quenaua Gouveia, do Núcleo de Informações, da Secretaria de Estado da Saúde.

Eliane Nascimento, do Núcleo de Planejamento Estratégico  da SES, enfatizou a grande oportunidade que os dois setores terão em unificar o trabalho de Pesquisas e Informações. “Os sistemas SIM e SINASP devem mudar em alguns municípios, para que continuem atualizados. A informação é o foco das notificações para chegar a um resultado quantitativo e qualitativo eficaz”, afirmou Eliane.

Publicado: 15 de janeiro de 2016, 12:29 | Atualizado: 15 de janeiro de 2016, 12:29