Lacen realiza análises para diagnóstico de esporotricose humana e animal

Doença é causada por fungos e tem como sintomas feridas profundas que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente

O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), realiza análises e exames para diagnóstico laboratorial de esporotricose humana e animal. Em 2025, o Lacen recebeu 15 amostras para identificação de esporotricose em humanos, com sete casos positivos. Já da esporotricose animal, foram recebidas 47 amostras e 18 tiveram resultados positivos.

A esporotricose é uma doença infectocontagiosa que pode afetar humanos ou animais, como cães e gatos. O fungo causador da doença geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, especialmente gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.

“Nós fazemos a análise a partir do raspado de uma lesão tanto do animal quanto do humano. Desde 2023 que nós estamos analisando a esporotricose nesses dois nichos e encontramos uma grande positividade nas amostras, principalmente nas amostras de humanos, o que vem nos preocupando. A principal área afetada é a Zona Norte de Aracaju, onde mais de 70% das pessoas que foram analisadas deram positivo”, afirma o superintendente do Lacen, Cliomar Alves.

Cliomar ressalta que o Laboratório Central trabalha sob demanda e é preciso que as pessoas procurem as unidades de saúde quando notar os sintomas. “É uma lesão que pode se confundir com dermatite ou hanseníase e as pessoas têm medo do diagnóstico. Todas as unidades de saúde podem fazer a coleta e enviar para o Lacen. Quanto mais diagnósticos, maior a vigilância tanto epidemiológica quanto laboratorial. É importante que o diagnóstico seja feito com antecedência para que sejam tomadas medidas de saúde pública e realizado o tratamento correto para as pessoas afetadas”, explica.

Sintomas

Em humanos a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente estão presentes nos braços, pernas ou no rosto formando uma fileira de nódulos e feridas, afetando pele e vasos linfáticos próximos à lesão, mas pode também atacar ossos, pulmões e articulações.

Fotos: Ascom SES

Publicado: 25 de junho de 2025, 10:05 | Atualizado: 25 de junho de 2025, 10:05