Lacen amplia diagnósticos moleculares e fortalece vigilância de doenças infecciosas em Sergipe

Novas metodologias ampliam a precisão dos exames e o apoio à rede de saúde pública

O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), iniciou a implantação de novos diagnósticos moleculares que reforçam o monitoramento e o tratamento de doenças infecciosas no estado. A iniciativa atende a uma demanda do Ministério da Saúde, que adquiriu e distribuiu kits diagnósticos aos estados com maior necessidade, incluindo Sergipe. 

Entre os testes implementados estão os diagnósticos moleculares para coqueluche, hanseníase e tuberculose, incluindo a pesquisa de resistência a drogas. Essas duas últimas doenças, consideradas negligenciadas, vêm recebendo atenção especial do Ministério da Saúde, o que justifica a ampliação dos métodos diagnósticos e o foco na detecção precoce. 

Segundo o superintendente do Lacen, Cliomar Alves, os novos exames utilizam a técnica de biologia molecular (PCR em tempo real), que aumenta a sensibilidade e a especificidade dos resultados. Esse método permite identificar mutações genéticas associadas à resistência a medicamentos, direcionando o tratamento mais adequado para cada paciente.  

“Esta inovação permite ajustar o tratamento de acordo com o perfil de resistência identificado, o que melhora a assistência ao paciente e fortalece a vigilância epidemiológica. Com isso, evitamos a disseminação de doenças e reduzimos a morbimortalidade em nosso estado”, destacou Cliomar. 

Todos os profissionais envolvidos foram capacitados pelo Laboratório de Referência Nacional e pelo Ministério da Saúde. Atualmente, cinco técnicos estão habilitados para realizar os exames, que exigem alto nível de complexidade e controle técnico. Para o próximo ano, o Lacen prevê reformas e ampliação do laboratório de biologia molecular, contempladas pelo projeto Pró-Redes. A expansão permitirá a implantação de novos testes de PCR para sarampo, rotavírus e norovírus, ainda em escala limitada devido à atual capacidade física da unidade.

Fotos: Ascom FSPH

Publicado: 17 de novembro de 2025, 11:36 | Atualizado: 17 de novembro de 2025, 11:36