Hemocentro de Sergipe orienta voluntários sobre cuidados diante da suspeita de viroses

Por Rosângela Cruz

a5892116-e5f6-4cce-982f-6c77ce4afcaeEm decorrência das viroses ocasionadas pela mudança climática, os voluntários que procuram o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) precisam esperar a recuperação para poder realizar a doação de sangue. A indicação do período de espera para quem já apresentou sintomas de Dengue, Chikungunya ou Zika Vírus é de 30 dias. Somente depois da cura, o cidadão pode voltar a doar sangue.

Por conta do cenário nacional, o Hemocentro de Sergipe informa que a medida de segurança cumpre nota técnica emitida pela Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cuja finalidade é garantir a segurança transfusional do receptor de sangue.

A nota técnica nº 001/2015 do Ministério, emitida em dezembro do ano passado, tomou por base o aumento do número de casos de Dengue, Chikungunya e Zika, em todo o Brasil, e redefiniu os critérios de triagem clínica para candidatos à doação de sangue. A nota é válida para o público que se deslocou em regiões endêmicas e epidêmicas em um período inferior a 30 dias.

A gerente de Coleta do Hemose, Florita Aquino explica que, “para reduzir os riscos de contágio na triagem dos potenciais doadores, os profissionais que trabalham na unidade estão orientados a perguntar se o candidato à doação teve os sintomas mais frequentes que identificam uma infecção: febre, coceira, machas no corpo, diarreia, vômito e dores articulares ou musculares, são os mais comuns. Em caso positivo da ocorrência dos sintomas, o voluntário não poderá realizar a doação pelo prazo mínimo de trinta dias”.

Conforme ainda a nota técnica do Ministério da Saúde, com menos frequência a pessoa infectada pode sofrer também com edema (acúmulo anormal de líquido nos tecidos), dor de garganta, tosse e hematospermia (sangue no esperma).

Análises

Antes de ser transfundido, o sangue coletado nas doações passa por alguns testes em laboratório no hemocentro que identifica HIV, hepatites B e C, Sífilis, HTLV, Doença de Chagas, dentre outros. Entretanto não há teste que para identificar a presença do Zika vírus. Na suspeita de haver infecção por Zika em doador, esse sangue será rastreado para identificação.

Publicado: 12 de fevereiro de 2016, 18:40 | Atualizado: 12 de fevereiro de 2016, 18:40