Governo traz capacitação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Objetivo é implementar medidas terapêuticas de cuidado para qualificação da assistência na Rede de Atenção Primária à Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu nesta terça-feira, 16, coordenadores municipais da Atenção Primária à Saúde (APS) para discutir a Política de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) no território. A ação teve como foco a capacitação profissional para compreensão, planejamento e implementação das Pics no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme diretrizes nacionais e estaduais.
Na ocasião, foi discutido a evolução e o cenário atual das Pics em Sergipe, experiências exitosas já implantadas no SUS e estratégias para sua implementação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Também estiveram em pauta aspectos relacionados à gestão, financiamento e monitoramento, além da importância da integração multiprofissional e do respeito aos saberes tradicionais.
A referência técnica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da SES, Sanawa Rodrigues, destacou a importância da promoção e recuperação da saúde. “As Pics são recursos terapêuticos que utilizam abordagens tradicionais e naturais de cuidado em saúde, reconhecidas pelo SUS. Essas atividades visam à prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida dos pacientes, sendo fundamental o tratamento integral que contemple corpo, mente e espírito, e não apenas a doença”, afirmou.
Formação Profissional
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde são um conjunto de recursos terapêuticos que não estão inseridos na medicina convencional. Caracterizada, portanto, por fazer parte da medicina integrativa que combina tratamentos da medicina convencional com terapias complementares e práticas de estilo de vida saudável. Além disso, são métodos que consideram o indivíduo em sua totalidade biopsicossocial, ou seja, condições de saúde física, mental e emocional, além de causas ambientais, sociais e espirituais.
A coordenadora da Clínica Escola de Saúde Integrativa (CESIn) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luciana Lobato foi uma das palestrantes da capacitação. Para ela, as Pics possuem um olhar diferenciado, com ênfase no cuidado em saúde, buscando fatores individuais para serem inseridos durante o tratamento. “Esses métodos buscam não somente solucionar a dor do paciente, como também incentivam o interesse em procurar saber mais sobre aquela pessoa, em que ambiente vive e quais são os problemas enfrentados. Sendo esse o grande diferencial trazido nesta manhã para os profissionais presentes”, pontuou.
A enfermeira Marília Toledo, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFS, esteve presente no evento e detalhou que o intuito é reforçar a implementação dessas práticas em todos os municípios para que mais pessoas tenham acesso, principalmente na atenção primária. “Quando a gente fala em evidência científica, os estudos mostram que práticas como fitoterapia, principalmente auriculoterapia em mindfulness possuem grande eficácia, seja no controle e alívio da dor, na saúde mental, assim como na diminuição dos níveis de ansiedade e de estresse, e, principalmente, na questão da espiritualidade”, disse.
Fotos: Valter Sobrinho




Publicado: 16 de setembro de 2025, 16:29 | Atualizado: 16 de setembro de 2025, 16:29