Funesa apoia Seminário de Atualização das Temáticas do Programa Saúde na Escola

Por Kitéria Cordeiro

funesa_kiteriaA Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Secretaria de Educação do Estado (Seed), realizou nesta terça-feira, 14, com o apoio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), o 4º Seminário de Atualização das Temáticas do Programa de Saúde na Educação (PSE). O evento aconteceu no auditório da Escola do SUS da Funesa e contou com cerca de 150 profissionais na área da Saúde e Educação, representando os 75 municípios sergipanos.

 

Profissionais da SES e da Seed formaram quatro mesas temáticas para discutir os seguintes temas: Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti e os Impactos Sociais, por Sidney Sá, Saúde Sexual e Reprodutiva, por Almir Santana, Comunidade Escolar e Violência, pela educadora Josevanda Franco, e Metodologias de Educação Preventiva, por Jorge Costa, representante da Brigada da Educação contra o Aedes, da Seed.

 

Para a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, inserir os estudantes no processo do combate às endemias, das doenças arboviroses e das DSTs tem uma grande importância, porque os estudantes, em especial as crianças, são grandes formadores de opinião.

 

“Eles são transformadores de ideias e a comunicação é mais fácil. São eles que passam as informações para familiares e amigos. Estamos felizes com a união de forças entre a Saúde e a Educação. Não tenho dúvida que teremos êxito na luta que estamos travando há muito tempo, no combate à Dengue, Chikungunya, Zika vírus, DSTs e outras doenças arboviroses”, completou Sidney Sá.

 

O médico Almir Santana disse que o grande desafio para os profissionais de Saúde é zerar o número de crianças nascidas em Sergipe com a Sífilis e HIV. Para isso precisa do apoio dos professores, seja da rede pública ou privada.

 

Ele abordou sub temas como Prevenção Combinada, a Profilaxia da Pré-Exposição, diagnóstico da Aids, como o HIV entra no corpo humano, como o HIV diminui as defesas do organismo, os primeiros sintomas da Aids, Testes Rápidos e Transmissão e Prevenção.

 

“Agora é a vez de discutir o pré-natal para os homens. Os professores devem debater o assunto em várias disciplinas, além de inserir os temas no ENEM, orientar as gestantes a fazer o pré-natal desde cedo e levar os maridos às consultas. Mais de 40% das gestantes só descobrem que estão contaminadas pela Sífilis quando chegam à Maternidade. Esses bebês nascem com grandes sequelas e chegam até a morte. Por isso a importância do esposo acompanhar nas consultas”, afirma Almir.
“Os profissionais de saúde têm muito a contribuir. Eles têm um papel fundamental para o desenvolvimento da qualidade do ensino e só assim podemos alcançar nosso objetivo, ampliar conhecimento e educar nossa comunidade para que esteja bem informada sobre todos os aspectos, sejam da educação ou saúde”, afirmou Roosevelt Costa, coordenador de Saúde na Escola.

 

No entendimento de Luciana Boaventura, o Programa Saúde na Escola (PSE) visa a integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população. “Como consolidar essa atitude dentro das escolas?  Essa é a questão que permeia para a elaboração das Agendas de Educação e Saúde a serem executadas como projetos didáticos nas escolas. Precisamos nos unir para que o trabalho possa fluir com qualidade e resultados”, afirmou.

 

Para a professora Maria do Carmo Oliveira Mendonça, do município de São Miguel do Aleixo, “é sempre uma alegria participar de encontros da Educação e da Saúde. Hoje pudemos trocar experiências com os colegas de outra pasta e, além de tudo, ter condições de expor a vivência no dia a dia dos seus municípios”.

 

O Programa

 

O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.
O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos.

Publicado: 14 de junho de 2016, 18:32 | Atualizado: 14 de junho de 2016, 18:32