Endemias: Regional de Aracaju é orientada sobre arboviroses, esquistossomose, raiva e leishmaniose
Por Manuela Penacal
Coordenadores das Vigilâncias Epidemiológicas da Regional de Aracaju e supervisores de endemias participaram de uma reunião de alinhamento das ações nesta terça-feira, 2. O encontro teve como objetivo orientar sobre as arboviroses, esquistossomose, raiva e leishmaniose.
Durante toda a manhã, foram apresentados os dados mais recentes do Aedes aegypti e reforçada a importância da notificação dos casos suspeitos de Zika, Chikungunya e Dengue, além do monitoramento constante por parte de cada município. Todos foram orientados a implantar comitês de mobilização, de prevenção e de combate ao Aedes aegypti.
“Abordamos também sobre a importância da existência de uma maior aproximação dos municípios com a Secretaria de Estado da Saúde na notificação dos casos. Quanto maior o diálogo, melhor será o nosso alcance no combate ao vetor”, disse a responsável técnica do Núcleo Estadual de Endemias, Maria Rosana dos Santos.
“Esses momentos são valiosos. Trazem não apenas dados, mas também orientações que nos fazem refletir sobre os processos de trabalho para realizar os ajustes necessários. No último Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), Aracaju apresentou um índice de 1,6, sendo considerado de médio risco”, disse a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Raulinne Gomes.
Na ocasião, os técnicos também foram orientados quanto à importância e necessidade do monitoramento da esquistossomose e da leishmaniose. Os profissionais já receberam informações sobre a Campanha de Vacinação contra a Raiva, que neste ano acontecerá entre os dias 19 de setembro e 21 de outubro.
A reunião de alinhamento integra a programação do Núcleo Estadual de Endemias e já foi realizada nas Regionais de Estância, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora do Socorro. Os próximos encontros acontecerão com as Regionais de Nossa Senhora da Glória e Propriá.
Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti
De janeiro ao início da segunda quinzena do mês de julho de 2016, Sergipe conta com 3.774 casos notificados para Dengue, com 1.280 confirmações; 4.927 casos notificados para Febre Chikungunya, com 3.076 confirmações; e 353 notificações para Zika Vírus, com 27 confirmações.
De acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) do mês de julho em Sergipe, sete municípios apresentam índices acima de 3,9, o que representa uma alta classificação de risco para ocorrência de epidemias e surtos: Aquidabã (5,9), Carira (8,2), Cedro de São João (6,4), Itabaiana (6,7), Nossa Senhora Aparecida (4,8), Porto da Folha (5,0) e Simão Dias (7,7).
Ainda segundo o LIRAa, 33 municípios foram considerados de médio risco: Areia Branca (1,4), Barra dos Coqueiros (1,1), Boquim (3,1), Campo do Brito (2,52), Capela (1,5), Carmópolis (2,7), Estância (1,6), Feira Nova (2,4), Frei Paulo (2,9), Itabaianinha (2,3), Itaporanga D’ajuda (1,2), Japaratuba (2,5), Lagarto (1,9), Laranjeiras (2,3), Maruim (2,4), Monte Alegre de Sergipe (3,4), Neópolis (2,2), Nossa Senhora da Glória (3,7), Nossa Senhora das Dores (2,8), Pedrinhas (3,6), Pinhão (2,2), Poço Verde (1,5), Propriá (1,5), Riachuelo (1,4), Ribeirópolis (1,1), Rosário do Catete (1,8), Santo Amaro das Brotas (1,4), São Cristóvão (2,9), São Domingos (3,7), Siriri (1,3), Tobias Barreto (1,3), Tomar do Geru (2,9). Aracaju encontra-se com índice 1,6 (até o dia 15 de julho).
O levantamento ainda apontou 13 municípios com resultados abaixo de 1%, cuja classificação é de baixo risco: Arauá (0), Canindé do São Francisco (0,3), Cristinápolis (0,9), Indiaroba (0,9), Japoatã (0,9), Malhador (0,9), Moita Bonita (0), Nossa Senhora do Socorro (0,8), Pirambu (0,9), Poço Redondo (0,8), Salgado (0,4), Santana do São Francisco (0,6), Umbaúba (0,7).
Publicado: 2 de agosto de 2016, 13:17 | Atualizado: 2 de agosto de 2016, 13:17