Centro de Investigação Toxicológica do Huse contabiliza mais de 3.800 atendimentos

Por Katiane Menezes
Foto: Arquivo SES/FHS

O Centro de Informação e Investigação Toxicológica (Ciatox) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) vem atuando como referência no Estado no atendimento de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos há 13 anos. O serviço finalizou o ano de 2016 com 3.811 atendimentos por intoxicação humana, animal e de solicitação de informação por agente tóxico.

Foram 1.828 casos de intoxicação por drogas, 425 por medicamentos, 1.039 por picadas de animais peçonhentos (aranha, serpente, escorpião, outros venenosos), 137 por ingestão de alimentos, 65 por agrotóxico de uso agrícola, 9 por agrotóxico de uso doméstico, 59 por uso de produtos de uso domiciliar (detergentes, alvejantes, amaciantes de tecido, ceras, limpa móveis, etc), entre outros.

A faixa etária das vítimas varia de 1 a 80 anos. Foram 1.017 atendimentos registrados a vítimas com idades entre 20 a 29 anos. Em segundo lugar, com 815 atendimentos estão entre 30 e 39 anos, seguidas das 629 com idade entre 40 e 49 anos. A maioria dos registros corresponde ao sexo masculino (2.391) contra (1.418) feminino. Foram 3596 pessoas oriundas da zona urbana e 214 da zona rural.

De acordo com o coordenador do Ciatox, o farmacêutico Antônio Medeiros Venâncio, a intoxicação por álcool e drogas de abuso tem crescido nas estatísticas do serviço. “É importante que as pessoas busquem informações sobre os nossos atendimentos e principalmente sobre algum tipo de intoxicação por droga de abuso. Em qualquer ocasião por intoxicação, as pessoas devem procurar o hospital mais próximo para atendimento e precisão no diagnóstico”, explicou o coordenador, ressaltando, ainda, que o Ciatox conta com os números (79) 3259-3645, 3216-2677 ou 0800-722-6001.

O serviço disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) conta com uma equipe multidisciplinar de médicos, farmacêuticos, médicos veterinários, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O Ciatox faz parte da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A médica e toxicologista Júlia Cardoso ressalta que o serviço disponibilizado pelo Ciatox também é ofertado para a rede privada. “Além de oferecermos o respaldo técnico às equipes que atuam nos prontos socorros de hospitais da rede pública. Orientamos também a rede privada no que diz respeito às intoxicações”, informou.

Publicado: 10 de fevereiro de 2017, 16:44 | Atualizado: 10 de fevereiro de 2017, 16:44