Capacitação da Força Estadual do SUS prepara voluntários para atuação em desastres e emergências

Evento contou com oficinas, palestras e participação de representantes da Força Nacional do SUS e profissionais de saúde

Nos dias 21 e 22 de agosto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a  Força Estadual do Sistema Único de Saúde de  Sergipe (FE-SUS) realizou capacitação reunindo profissionais da saúde e da segurança pública que atuam como voluntários em situações de desastres, incidentes com múltiplas vítimas e ações humanitárias. O encontro reforçou a importância da preparação técnica e do trabalho integrado para garantir respostas rápidas e eficazes em situações de urgência.
 
O primeiro dia foi dedicado a três oficinas voltadas para profissionais de saúde, com foco em estratégias de atendimento imediato em cenários de crise. Já o segundo dia contou com um ciclo de palestras, que reuniu representantes da Força Nacional do SUS, do Ministério da Saúde, além de especialistas locais reconhecidos em suas áreas de atuação.
 
De acordo com o coordenador da FE-SUS de Sergipe, Marcos Fonseca, a iniciativa fortalece o compromisso dos voluntários com o SUS. “Essa é a sexta capacitação que realizamos, e nosso objetivo é preparar pessoas para lidar com situações de urgência, garantindo uma resposta ágil e eficaz. É fundamental que todos saibam quais medidas tomar de imediato para minimizar os danos”, destacou.
 
Entre os palestrantes, esteve o comandante-geral da FN-SUS, Rodrigo Stabeli  que contribuiu com sua experiência no enfrentamento de emergências em saúde pública. “Esse evento é fundamental porque capacita os profissionais que já atuam na saúde para situações de emergência pública. Muitas vezes, a população confunde esse conceito com a urgência e emergência do dia a dia, como o atendimento pré-hospitalar realizado pelo Samu 192 Sergipe ou pelo Corpo de Bombeiros. Mas, aqui, estamos falando de situações em que há colapso do sistema de saúde, desastres ou surtos epidemiológicos”, explicou Stabeli.
 
É o que se chama de uma ‘medicina de guerra’, em que os profissionais precisam  sair do fluxo regular de atendimento para salvar o maior número possível de vidas. “No cotidiano, o profissional foca no indivíduo que está diante dele. Já em cenários de desastre, a lógica se inverte, o objetivo é salvar o máximo de pessoas possível, mesmo sabendo que haverá perdas. Por isso, capacitar os profissionais é tão importante.  Quando acionados, eles precisam compreender os protocolos, agir de forma ordenada e entender que não estarão apenas salvando um paciente, mas uma população inteira”, completou o comandante-geral.
 
Para a referência técnica na Saúde do Homem e da Pessoa Idosa da SES, Lanay Laurentino, o evento representa muito mais do que um espaço de aprendizado. “O Encontro da FE-SUS promove integração e fortalecimento do SUS, trazendo diálogo, troca de experiências e construção coletiva. Para mim, está sendo uma oportunidade única de aprendizado e de conexão com outras pessoas comprometidas com a saúde pública. Saio daqui inspirada e motivada”, afirmou. 

Fotos: Felipe Goettenauer e Valter Sobrinho

Publicado: 22 de agosto de 2025, 12:57 | Atualizado: 26 de agosto de 2025, 09:31