Atividades lúdicas realizadas no Novembro Roxo na MNSL promovem relaxamento para mães de prematuros

Oficina dos Nomes, da Touca Maluca e Diário de Bordo Canguru são exemplos de ações realizadas na maternidade

No Novembro Roxo, mês de conscientização e sensibilização da prematuridade, são realizadas várias atividades na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), referência estadual em partos de alto risco de Sergipe e, também, do Método Canguru. Na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca), a Ala Verde da maternidade, foram realizadas ações de interação entre as mães e os bebês ao longo do mês.

A equipe multiprofissional se uniu e promoveu oficinas para fortalecimento do vínculo da mãe com o bebê e para relaxamento, também, como explicou a coordenadora estadual do Método Canguru, a enfermeira Amanda Andrade. “Esses momentos foram pensados pelas psicólogas e assistentes sociais para tirar as mães da rotina e diminuir a ociosidade na internação. Aproveitando o Novembro Roxo, fizemos as touquinhas roxas e chamamos de Oficina de Touca Maluca, no mesmo formato que as mães em casa fazem cabelo maluco nas crianças, e Oficina dos Nomes, ondem elas escrevem os nomes dos filhos e decoram com canetinhas coloridas e brilhos. Trazemos materiais artesanais, fitas adesivas e elas mesmas confeccionaram. Então tudo vira brincadeira e elas se divertem”, destacou.

A assistente social da Ala Verde, Carla Ferreira, reforçou que essas atividades servem para tirar as mães do cotidiano de só pensar no cuidado ao bebê. “Para elas, é tudo novo, mesmo as que já tiveram outros bebês e, de repente, têm um prematuro, elas ficam muito tensas e ansiosas. Por isso, organizamos essa sala e as trazemos para uma atividade mais lúdica, para tornar o ambiente um pouco mais leve, fazer uma interação e troca de experiências entre elas para se reconhecerem enquanto um grupo. Então, é um momento bem importante para elas trocarem as experiências e se fortalecerem, para conseguirem levar adiante cada dia e finalizar essa etapa aqui do tratamento dos bebês de forma mais leve”, completou.

Hilary Silva, 23, moradora de Japoatã, município do Baixo São Francisco, é mãe de Levy que nasceu prematuro. Ela estava com hipertensão e foi encaminhada para a MNSL. “Às vezes, estou para baixo, mas atividades como essas ajudam porque é muito bom para passar o tempo, converso com as outras mães que estão passando pelo mesmo que eu e elas me animam. Isso aqui é cura”, afirmou.

Diário de Bordo

A psicóloga da Ala Verde, Clésia Almeida, disse que estão sempre pensando em uma atividade diferente para as mães, não só este mês, mas ao longo do ano, pois elas passam vários meses internadas com os prematuros em tratamento. “Já temos o projeto do Diário de Bordo Canguru, que é a entrega de um kit com caderno e canetinhas coloridas para que as mães possam escrever todos os momentos delas na maternidade com os seus bebês. E estamos sempre fazendo novas oficinas para o relaxamento delas durante o período de internamento”, informou.

Durante esta semana, as oficinas do Diário de Bordo Canguru estão sendo realizadas ao ar livre na área externa da maternidade com as mães e pais da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e da Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (Ucinco). Os facilitadores da oficina foram os psicólogos Cíntia Guimarães e Magno Guedes. “Cada horário trazemos uma turma de pais e mães da Unidade Neonatal para aliviar o estresse e sair um pouco do ambiente hospitalar porque promove relaxamento, reduz o estresse e ansiedade”, enfatizou Cíntia.

Fotos: Ascom SES

Publicado: 28 de novembro de 2025, 10:14 | Atualizado: 28 de novembro de 2025, 10:14