Anvisa proíbe fabricação de palmito da marca Serramar e SES faz um alerta a consumidores

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, distribuição e comercialização em todo o território nacional dos lotes do produto palmito pupunha, da marca Serramar. Segundo a Agência, a empresa de nome Verde Vale Indústria e Comércio de Conservas, de Santa Catarina, responsável pela fabricação do alimento, não foi localizada, não está licenciada pela autoridade sanitária e, portanto, é considerada como clandestina. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária (Divisa), faz um alerta aos consumidores e comerciantes sobre o perigo do produto.

 “Informamos a decisão às vigilâncias dos 75 municípios de Sergipe e todos estão em campo, fiscalizando os estabelecimentos que comercializam esse tipo de produto. Caso o palmito pupunha da marca Serramar seja encontrado, eles serão apreendidos. E precisamos também fazer um alerta aos consumidores e comerciantes. A população deve ficar atenta para não adquirir esse palmito que, por ser clandestino, traz sérios riscos à saúde, e se encontrem o alimento em algum local informar aos órgãos competentes. Já os comerciantes que estiverem vendendo o palmito desta marca, devem retirar obrigatoriamente a mercadoria das prateleiras e comunicar aos órgãos para que seja feito o recolhimento do produto. Lembrando que ao fazer isto o comerciante fica isento de responsabilidades”, informa o coordenador da Divisa, Antônio de Pádua Pombo.

Ele ressalta ainda que o palmito é um produto perecível – que estraga com facilidade -, e se ele não tiver procedência legal, como é o caso do palmito pupunha da marca Serramar, o alimento pode ser contaminado e transmitir para o consumidor a doença chamada botulismo, que é uma intoxicação causada pela bactéria Clostridium botulinum. A doença pode produzir danos graves nos nervos e músculos, sendo potencialmente fatal.

 “Temos que chamar a atenção de todos, desde as vigilâncias aos comerciantes e consumidores, porque o palmito se não for produzido de acordo com as boas práticas de manuseio, transporte e conservação, pode ser contaminado e transmitir a botulismo para o consumidor. Como o palmito pupunha da Serramar é clandestino, e, consequentemente, não segue as normas sanitárias, ele é um perigo iminente. Estamos fazendo o alerta e ressaltando que este produto não deve ser comercializado e nem consumido”, frisa Pádua.

 Botulismo

A bactéria causadora do botulismo pode entrar no organismo por meio de machucados ou pela ingestão de alimentos contaminados, principalmente os enlatados e os que são preservados inadequadamente. Ela produz uma toxina que, mesmo ingerida em pouca quantidade, pode causar envenenamento grave. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as toxinas de botulismo são algumas das substâncias mais letais conhecidas pela medicina.

Os principais sintomas da doença são: fraqueza facial, visão turva e dupla, tontura, paralisia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos, caimento das pálpebras, boca seca e dificuldade para respirar, engolir ou falar.

Cuidados

Por ser um produto perecível e de fácil contaminação, é preciso ter alguns cuidados na hora de comprar um palmito. A Divisa recomenda não consumir palmitos de origem duvidosa ou desconhecida e optar pelas conservas que apresentem o número de registro na Anvisa e certificação do Ibama. Além disso, evitar o consumo do produto em restaurantes, por exemplo, já que nesses locais é difícil saber a procedência do alimento.

 

 

 

Publicado: 21 de fevereiro de 2018, 12:45 | Atualizado: 21 de fevereiro de 2018, 12:45