Aleitamento materno reduz em até 25% o risco de obesidade infantil, afirma nutricionista da MNSL

A obesidade é uma doença inflamatória muito complexa, causada por vários fatores, onde em sua grande maioria dos casos tem origem genética e comportamental. Nesse sentido, nesta segunda-feira, 3 de junho é celebrado o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, a data tem a finalidade de conscientizar a população sobre os cuidados necessários para combater esta doença que afeta milhares de crianças em todo o mundo.

A nutricionista do Banco de Leite Humano, Miriam Duarte Barros, informou que um estudo realizado em Munique (Alemanha), alerta que o aleitamento materno reduz em 20 a 25% o risco de obesidade. Cada mês de amamentação materna, está associada à redução de 4% no risco de desenvolvimento de excesso de peso”, disse. Ela ressaltou também que o desmame precoce e a introdução de alimentos inadequados na alimentação são fatores relacionados à Obesidade Infantil, dando sequência à obesidade e suas co-morbidades na fase adulta.

Miriam explicou que as crianças alimentadas com leite materno possuem menos propensão à obesidade. “O leite materno é o alimento mais completo e equilibrado. Ele atende a todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os seis meses de idade. O aleitamento colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne obesidade alergias e intolerância ao glúten. A amamentação favorece o vínculo entre mãe e filho e influi para que a criança se relacione melhor com outras pessoas. A amamentação dá às mães a sensação de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia”, ressaltou a nutricionista.

Ela lembrou que o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, com alimentação complementar até os 2 anos de vida. “O que ocorre, é que muitas crianças no Brasil mamam apenas até os 2 meses de vida, introduzindo posteriormente o leite artificial de vaca. O leite materno apresenta uma composição nutricional adequada ao recém nascido, facilitando sua digestão. Já as fórmulas infantis apresentam uma alta concentração de proteína que além de dificultar a digestão, também está relacionada como uma das causas de obesidade infantil, já que altera a autorregulação com consumo de energia nos primeiros anos de vida, segundo estudos recentes”, enfatizou Miriam.

Proteção

Graziele Moreira de Almeida, mãe de Cristal de Almeida Santos, disse que segue as orientações do pediatra que recomenda a amamentação nos seis primeiros meses de vida   e adverte que o leite humano é um dos fatores de proteção contra a obesidade infantil. Pretendo amamentar pelo menos até o primeiro ano de vida de Cristal.

Ariana da Silva Santos, 34 anos, mãe do pequeno Lorenzo descobriu durante a gestação possuir toxoplasmose. Ao saber dos riscos que a doença pode causar,  apesar dos exames sorológicos não terem constatado a doença  no bebê, ele faz profilaxia e faz o acompanhamento no ambulatório de retorno Follow-up. “A importância da amamentação exclusiva é pelo fato de ser saudável, tenho dois filhos que mamaram até o sexto mês, e não tiveram nenhum problema de obesidade até a presente data. Pretendo amamentar até 1 ano. Acredito que quanto mais tempo a mãe amamentar, menor será o risco de obesidade.

 

Publicado: 3 de junho de 2019, 14:28 | Atualizado: 3 de junho de 2019, 14:28