Capacitação sobre pé diabético reforça prevenção e qualificação do cuidado na Atenção Primária à Saúde

Workshop orienta equipes para identificar riscos e evitar amputações 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), promoveu, nesta quinta-feira, 13, um workshop sobre pé diabético voltado a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS). A ação teve como foco capacitar médicos e enfermeiros para o atendimento e acompanhamento de pessoas com diabetes, com ênfase na avaliação, prevenção e manejo de lesões nos pés, uma das complicações mais frequentes e graves da doença.

O workshop faz parte de uma estratégia estadual de fortalecimento da rede de cuidados às doenças crônicas. Durante o encontro, os participantes receberam orientações teóricas e práticas sobre o protocolo de atendimento ao paciente com pé diabético, além de kits de avaliação clínica que auxiliam na detecção precoce de alterações de sensibilidade, circulação e integridade da pele. O objetivo é reduzir os índices de internação e amputações decorrentes da falta de diagnóstico oportuno e acompanhamento contínuo.

De acordo com a referência técnica em Doenças Crônicas da SES, Laís Menezes, a iniciativa busca descentralizar o conhecimento e aproximar o cuidado dos usuários da Atenção Primária à Saúde. “Nosso intuito é treinar os profissionais para que consigam identificar precocemente as alterações, evitando complicações graves e melhorando a qualidade de vida das pessoas com diabetes. A capacitação acontece por regiões de saúde, o que facilita o deslocamento e amplia a participação dos municípios”, destacou.

A enfermeira e residente da Atenção Primária do Hospital Israelita Albert Einstein, Victoria Klebis, ressaltou que compreender as causas e os efeitos da diabetes é essencial para garantir o cuidado integral. “O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da glicose no sangue. Essa condição pode comprometer a circulação e os nervos, especialmente nas extremidades, o que reduz a sensibilidade e aumenta o risco de feridas que demoram a cicatrizar. O pé diabético surge exatamente dessa combinação, e o acompanhamento preventivo é o que evita a evolução para amputações”, pontuou.

A enfermeira e coordenadora da Atenção Básica de Brejo Grande, Maria da Conceição Bispo, destacou o impacto da capacitação para os municípios de menor porte. “Temos um número expressivo de pessoas com diabetes. Com essa formação, conseguimos aprimorar o atendimento e multiplicar o conhecimento com as equipes locais. Nosso papel é repassar o que aprendemos para médicos e enfermeiros do município, garantindo que a população receba um cuidado mais atento e humanizado”, afirmou.

A médica de Saúde da Família de Propriá, Kamilla Moreira, reforçou que o controle das doenças crônicas começa na base do sistema de saúde. “A capacitação é importante para relembrar a necessidade da busca ativa e da avaliação constante dos pacientes com diabetes. Quando identificamos alterações logo no início, evitamos complicações maiores, hospitalizações e até amputações. É um cuidado que salva vidas e preserva a autonomia do paciente”, concluiu.

Fotos: Nucom Funesa

Publicado: 13 de novembro de 2025, 17:49 | Atualizado: 13 de novembro de 2025, 17:49