Saúde discute prevenção da sífilis congênita no segundo colegiado da Rede de Atenção Materno e Infantil
Infecção sexualmente transmissível pode ser transmitida da mãe para o bebê, e procura tardia pelo tratamento causa complicações graves
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou nesta quarta-feira, 13, o segundo colegiado voltado à Rede de Atenção Materno e Infantil de 2025. O encontro desempenha um papel crucial no fortalecimento da assistência das maternidades e é realizado a cada quatro meses, reunindo gestores e profissionais de saúde dos pontos de atenção à saúde que compõem a Rede. Um dos temas abordados no evento foi a prevenção da sífilis congênita.
Além de fomentar a discussão para melhorias na assistência, o colegiado abordou o panorama epidemiológico da sífilis congênita no estado; sistema de monitoramento obstétrico, ferramenta do Instituto Fernandes Figueira e Ministério da Saúde, além do relato de experiência exitosa na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL).
“Apesar da implementação de programas de rastreio e tratamento no pré-natal, a incidência da doença ainda apresenta números elevados em Sergipe. Diante desses dados estatísticos, é imprescindível a elaboração de ações estratégicas para reduzir o impacto da sífilis congênita no futuro”, salientou a referência técnica da rede materna, Kelly Bianca Batalha.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode ser transmitida da mãe para o bebê. A procura tardia pelo tratamento pode fazê-la evoluir, causando complicações graves. Por isso, é fundamental que as gestantes realizem o pré-natal, evitando que casos de sífilis congênita aconteçam com tanta frequência.
O diretor de Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes, foi um dos palestrantes do segundo colegiado. Segundo ele, apesar dos progressos significativos, a sífilis permanece como um problema de saúde pública. “O diagnóstico e tratamento da sífilis gestacional devem ser realizados durante o pré-natal. Frequentemente recebemos em maternidades crianças com diagnóstico confirmado de sífilis congênita. A reunião de hoje, portanto, promoveu o alinhamento dos cuidados à gestante com sífilis e às crianças com sífilis congênita”, disse ele.
Atualização profissional
O segundo colegiado reuniu gestores e profissionais de saúde dos pontos de atenção à saúde que compõem a Rede Materno e Infantil. A diretora técnica da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Roseane Porto, destacou que o colegiado fortalece a estrutura das maternidades da rede materno-infantil como rede.
“O tema é de extrema importância, pois mesmo com programas de rastreamento no pré-natal e tratamento já implantados, os dados ainda revelam índices elevados de sífilis congênita em Sergipe. Diante desse cenário, é essencial definir ações efetivas que resultem na redução desses números nos próximos anos”, contou Roseane.





Fotos: Valter Sobrinho
Publicado: 13 de agosto de 2025, 16:33 | Atualizado: 13 de agosto de 2025, 16:33