Maternidade do Hospital de Socorro implanta ambulatório de apoio ao aleitamento exclusivo

A maternidade do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, gerido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), inova nas ações de qualificação da assistência materno-infantil com a implantação do Ambulatório de Acompanhamento de Bebês em Aleitamento Materno Exclusivo. O novo serviço, que entrou em operação na última terça-feira, 1º, tem a finalidade de apoiar e promover a amamentação exclusiva e acompanhar os nascidos naquela unidade até o sexto mês de vida.

Com uma média de 150 partos realizados por mês, a maternidade já havia implantado a Sala de Apoio à Amamentação em agosto último, para estimular a amamentação exclusiva, orientação às mamães, ordenha e guarda do leite. “O ambulatório representa um passo à frente na assistência materno-infantil e surgiu a partir das discussões da equipe em torno da qualificação da linha de cuidados do bebê e da mamãe”, disse a superintendente do hospital, Iza Conceição Leó do Prado.

Cinco bebês foram acompanhados na tarde desta quinta-feira, 3, segundo dia de funcionamento do ambulatório, que estará aberto nas manhãs de terça-feira e nas tardes de quinta-feira, segundo informou a superintendente, acrescentando que 10 recém-nascidos estão agendados para o próximo atendimento. Salientou que cada bebê que recebe alta tem a consulta de acompanhamento agendada para a semana seguinte.

“Agendamos a consulta para logo porque entendemos ser importante manter essa criança vinculada com o serviço, e garantir que o bebê continue recebendo a amamentação exclusiva”, explicou a pediatra responsável pelo Ambulatório, Karla Sueli de São José Santos. Segundo ela, a primeira consulta de acompanhamento após a alta tem o objetivo de verificar dificuldades que a mãe possa estar sentido para amamentar seu bebê, corrigir possíveis erros e promover a puericultura (consulta pediátrica).

Ela conta que está no Hospital Regional de Socorro desde 2010, atuando no Pronto Socorro até o ano passado. Ali, percebeu que chegavam muitos bebês com dois, três meses de vida e já estavam fora do aleitamento materno, sofrendo principalmente de problemas respiratórios e diarreias. Foi a partir dessa experiência que, ao ser inserida na equipe de pediatras da maternidade, se envolveu com as ações da amamentação exclusiva.

“O leite materno é o melhor alimento para o bebê. A criança que mama é mais saudável, portanto adoece menos. Daí a importância do apoio e promoção ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. Esta é a função do ambulatório e nossa expectativa é que dê certo. Que a gente consiga a adesão das mamães porque o ganho é dos bebês, das famílias e da sociedade”, disse. A maternidade do Hospital Regional de Socorro realiza partos de risco habitual (baixo risco).

A mamãe Maria Madalena já recebeu as orientações que precisava para se sentir mais confiante. “Achei muito importante e ouvi com atenção tudo o que a pediatra me falou. O melhor de tudo é que ela vai orientando e eu mesma vou fazendo, ela evita ao máximo o contato físico para que eu possa realmente aprender. Agora sinto muita segurança em amamentar meu bebê”, revelou.

 
Fotos: Flávia Pacheco ASCOM SES

Publicado: 4 de outubro de 2019, 09:28 | Atualizado: 4 de outubro de 2019, 09:28