SES promove debate sobre Saúde Mental
Por Herieta Schuster
Nessa segunda-feira, 10, foi celebrado, em todo o mundo, o Dia da Saúde Mental. Em Sergipe, em alusão à data, a equipe da Coordenação Estadual de Atenção Psicossocial promoveu um evento na Estácio/Faculdade de Sergipe (Fase), no bairro Grageru, Aracaju.
Instituído em 1992, o Dia Mundial da Saúde Mental tem como objetivo chamar a atenção do público para a questão da saúde mental global e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticas ou socioeconômicas, além de combater o preconceito e o estigma em torno da saúde psicológica.
A abertura contou com a fala da coordenadora Estadual de Atenção Psicossocial Sony Petris, dando as boas vindas e explanou sobre as lutas e avanços em relação à saúde mental. Em seguida foi a vez do músico sergipano Doca Furtado cantar a temática.
A coordenadora Sony Petris relata que a música é fundamental quando se fala em sofrimentos mentais. “A ideia de trazer música foi para acolher as pessoas, trazendo mensagens de reflexão, pois as letras produzem uma reflexão que fala do lúdico, das crianças, das drogas, da voz, dos lugares que conquistamos na sociedade. A música é uma ótima higiene mental, ela nos propõe uma autorreflexão”, argumentou Sony Petris.
Em 2015, a campanha mundial teve como foco a ideia de dignidade em saúde mental. O objetivo foi combater o estigma e alertar para a necessidade de cuidado ao sofrimento mental. Este ano, o tema da campanha definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde (Opas) mantém a discussão e traz como tema “Dignidade na Saúde Mental: Primeiros Cuidados Psicológicos em Saúde em Situações de Crise”.
Sony Petris disse, ainda, que a finalidade é fomentar a discussão entre os estudantes da área da saúde. “Essa discussão é fundamental para que os estudantes se sintam preparados e embasados quando forem trabalhar com pessoas com transtornos psicológicos”, argumentou a coordenadora.
Uislania Maria da Silva Santos, estudante de Enfermagem, relata a importância de eventos como esse para os acadêmicos. “É muito bom ouvir de profissionais de outra área o tema que nós da parte de enfermagem vamos conviver sempre, como os enfermeiros que trabalham no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Esse evento é muito importante para conhecer as experiências de outros profissionais da saúde e as novas técnicas de cuidado para que possamos nos sentir preparados para acolher esses pacientes”, argumentou a estudante.
O coordenador do Núcleo de Práticas Inovadoras da Secretária Municipal da Saúde, o arte terapeuta Murilo Andrade, salientou a importância de Políticas de humanização no tratamento de pacientes com transtornos mentais.
“Antes se pensava nessas Políticas e terapias só voltado para quem já tinha o transtorno mental. Agora, pensamos e trabalhamos na ampliação desse público, pensando na Saúde Mental como um todo. Lidar com a arte faz bem para a saúde mental de qualquer individuo. É um momento de lazer, de lidar com a criatividade e arte, de deixar o estresse de lado e higienizar a mente, as pessoas se preocupam em comer bem, se alimentar bem, praticar exercícios físicos, mas esquece de que a mente também precisa de exercícios, escutar uma boa música, ler um bom livro são exercícios que ajudam a diminuir o cansaço mental”, informou Murilo Andrade.
O encerramento da palestra contou com a especialista em Saúde Mental e Atenção Básica pela Universidade Federal do Piauí e coordenadora da Pós de Emergência, Neuropediatria e Toxicologia, Luciene Katrine, que falou sobre os desafios e as novidades no tratamento de pacientes portadores de sofrimentos mentais.
Publicado: 11 de outubro de 2016, 13:23 | Atualizado: 11 de outubro de 2016, 13:23