Sergipe sedia primeira reunião do Movimento de Mulheres Soropositivas do Nordeste

Por Bárbara Krusherwisky

2016-05-20-PHOTO-00000035Nesta sexta-feira, 20 de maio, aconteceu a primeira reunião do Colegiado Regional do Movimento Nacional de Cidadãs Positivas do Nordeste (MNCP/NE). Sergipe foi o estado escolhido para sediar o evento, que teve o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e foi realizado no auditório da Fundação Estadual de Saúde (Funesa). A reunião contou com a presença de 17 mulheres que representaram os estados do Nordeste, faltando apenas representantes do Rio Grande do Norte e Paraíba.

 

Segundo Marilene Oliveira, representante do movimento no Nordeste, o objetivo é fortalecer o movimento na região e fazer o planejamento para o ano de 2016.

 

“É a nossa primeira reunião do colegiado para melhorar a política de AIDS para as mulheres soropositivas. O objetivo é a nossa plataforma, o planejamento regional para sabermos como vamos trabalhar daqui em diante e organizar o movimento”, explica Marilene.

 

Para o gerente do Programa Estadual de DST/Aids de Sergipe, o médico Almir Santana, esse evento representa um momento importante para as mulheres positivas discutirem as questões com relação à assistência às pessoas com HIV, tanto a nível de Nordeste quanto Nacional.

 

“É um evento importante para o planejamento das ações e o enfrentamento. Elas são mulheres exemplo, envolvidas no tema. A Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe sempre apoia os movimentos porque elas fazem levantamento dos problemas e tentamos solucionar”, completa Almir Santana.

 

Fátima da Silva é representante do Movimento das Mulheres Soropositivas de Aracaju e uma das participantes do evento. Para ela, é importante essa iniciativa para mostrar os avanços e planejar melhorias.

 

Segundo Credileuda Azevedo, representante do Movimento no Ceará, a reunião é essencial para que as mulheres do Nordeste se mantenham reunidas para discutir políticas públicas que melhorem a vida das cidadãs soropositivas.

 

“Estamos felizes com o acolhimento da Secretaria de Saúde de Sergipe e por tudo que a gerência do Programa de DST/Aids faz para avançar na assistência do paciente, estimular o teste rápido e realizar ações de prevenção. É um exemplo para o
Brasil”, comemora Credileuda.

 

Rosaria Pires Rodrigues é outra participante do evento. Uruguaia, ela mora há 30 anos no Brasil, é representante da Bahia  e Primeira Suplente Estadual do Movimento Nacional das Cidadãs Soropositivas. Para ela, esse passo mostra que o movimento vem crescendo.

“Cada mulher que chega é um fortalecimento, pois juntas somos mais fortes. Precisamos mostrar que viver com Aids é possível, não é possível viver com o preconceito”, completa Rosaria.

Publicado: 20 de maio de 2016, 19:33 | Atualizado: 20 de maio de 2016, 19:33