SAMU registrou 364 atendimentos envolvendo acidentes motociclísticos em junho
O SAMU prestou assistência, diretamente, em mais de 30 municípios, com 230 profissionais envolvidos, Unidades de Suporte Básico e Avançado, além das equipes de apoio
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), avaliou o mês de junho como muito tranquilo e dentro da normalidade. O plano de contingência iniciou com a abertura dos festejos juninos, em 31 de maio, e o monitoramento foi feito nos 75 municípios sergipanos, além das rodovias municipais, estaduais, federais e região litorânea. Foram registrados, ao todo, 4790 atendimentos, 10% acima em relação aos outros meses do ano, que giram em torno de 4300 a 4500 atendimentos. O SAMU prestou assistência, diretamente, em mais de 30 municípios, com 230 profissionais envolvidos, Unidades de Suporte Básico e Avançado, além das equipes de apoio.
Tanto o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que recebeu os casos com maior complexidade, quanto aos Hospitais Regionais, foram parceiros, além da colaboração de hospitais da zona norte e da zona sul. O componente pré-hospitalar foi mantido e dos 4790 registros de atendimentos, 30% das ocorrências tiveram relação com causas externas, 1380 casos com 52 óbitos, e 70% de casos clínicos: obstetrícia, psiquiatria, pediatria, clínica médica. Em relação aos traumas, permaneceram em primeiro lugar os acidentes motociclísticos com 364 casos, em segundo ficaram as colisões automobilísticas, com 330 registros e em terceiro, uma novidade para a equipe do SAMU, as quedas da própria altura, predominantemente por idosos acima de 65 anos, contabilizando 237 casos.
De acordo com a superintendente do SAMU, Conceição Mendonça, neste ano de 2019 o monitoramento foi realizado durante todo o mês de junho e não apenas nos dias de festas como acontecia nos anos anteriores. De acordo com ela foi um projeto piloto. “Esse ano nós pretendemos fazer durante todo o mês para saber se junho, já que é o mês do São João em Sergipe, o que é que se manifesta, porque a gente sabe que queimaduras sempre têm no mês de junho, acidentes têm todos os meses, todos os dias, mas a gente queria observar se alguns fatores relacionados a causas externas e/ou mesmo causas clínicas, chamaria a atenção no mês de junho”, revelou
A superintendente informou, ainda, que os acidentes deste ano não aumentaram em relação ao ano passado, mas tiveram uma gravidade um pouco maior com duas situações de múltiplas vítimas e dois óbito registrados em cena. Com relação ao Forró Caju, segundo ela, foi muito tranquilo e sem nenhuma anormalidade. Não houve registro de nenhum caso alarmante, com 100% de resolutividade. Com relação ao Arraiá do Povo no posto médico avançado da Secretaria de Estado da Saúde, do dia 20 de junho até o dia 30, foram compilados 123 casos apenas, todos com 100% de resolutividade.
“Em um caso inédito, não foi registrado nenhum caso de etilismo crônico, ou seja, foi um São João super tranquilo onde o forrozeiro foi com a família para se divertir, para brincar e não tivemos casos que precisassem de remoção. A maioria das ocorrências, 82%, foram clínicos, ou seja, predominou a dor de cabeça, dor no estomago, dor de barriga e 18% de casos traumáticos como fazer um curativo, um calo, uma entorse no tornozelo, caso das meninas de bota, mas casos muito leves mesmo”, comentou Conceição.
Publicado: 2 de julho de 2019, 16:18 | Atualizado: 2 de julho de 2019, 16:18