Projeto Salve começa a atuar em empresas sergipanas
Luiza Sampaio
A corrente de assistência à vida começou. Nesta terça-feira, 21, integrantes do Projeto Salve, desenvolvido através da parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), a Sociedade Médica de Sergipe (Somese), o Corpo de Bombeiros Militar e a Cooperativa dos Anestesiologistas (Coopanest-SE), capacitaram o primeiro grupo de pessoas para a identificação imediata de uma parada cardiorrespiratória e o início das medidas de socorro.
Os trabalhos foram realizados com colaboradores da TV e FM Sergipe e do Portal de Notícias G1. Segundo o coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu, Ronei Barbosa, a escolha da empresa não foi por acaso.
“Além do interesse, levamos em conta, também, o fato deles possuírem um Desfibrilador Externo Automático (DEA), equipamento que aumenta, e muito, as chances de sobrevida do paciente. Nesse primeiro momento, o projeto irá focar nas instituições que tenham o aparelho, para otimizar a utilização do recurso”, ressalta.
Os funcionários assistiram a uma exposição teórica e, em seguida, transitaram por quatro estações práticas de ensino-aprendizagem para fixação do conteúdo.
“Nas duas primeiras o curso explica como identificar uma parada cardiorrespiratória. O aluno recebe, inclusive, uma cartilha explicando todas as etapas do procedimento, da identificação da parada à realização adequada das compressões torácicas efetivas”, informa. Na terceira estação é demonstrada a instalação e o manuseio do Desfibrilador Externo Automático.
“Na quarta e última estação todos os passos são reunidos e o aluno tem a oportunidade de simular um atendimento, colocando em prática todos os conhecimentos que adquiriu no treinamento”, complementa Ronei Barbosa, lembrando que a capacitação começa e termina com a aplicação de um teste, a fim de avaliar o nível de informação que os participantes têm, antes e depois do curso aplicado.
“Só após a conclusão de todas as etapas os participantes serão considerados socorristas permanentes”, enfatiza.
Contínuo
De acordo com o coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu, o Projeto Salve tem um importante diferencial. “Não é somente treinar e ir embora. Manteremos um monitoramento por até três meses de todas as empresas e instituições que passarem pela capacitação, aplicando simulados para avaliar o nível de aprendizagem e voltando se for necessário”, ressalta. Após um ano, os facilitadores retornam e aplicam uma nova avaliação, com o intuito de certificar o curso.
Para a jornalista Tirzah Braga, que participou do treinamento, a iniciativa dos envolvidos merece todo destaque. “Presenciar um caso de parada é uma situação que qualquer um pode vivenciar. E hoje, aprendi que com um pouco de conhecimento, posso ajudar a salvar uma vida. É importante destacar também o fato do curso ser realizado no nosso local de trabalho, um ambiente com muitas pessoas onde a probabilidade de um caso desses acontecer é grande. Preparar os colaboradores é essencial”, opina a colaboradora.
Ação no shopping
No próximo sábado, 24, o Projeto Salve estará na praça de alimentação do Shopping Jardins, das 10h às 22h, demonstrando os procedimentos de reconhecimento da parada cardíaca e as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, e esclarecendo a população sobre a importância da iniciativa. “Desta forma, além dos socorristas permanentes, formados durantes as capacitações institucionais, formaremos, também, os chamados socorristas flutuantes, que irão adquirir algum nível de conhecimento nessas ações abertas”, explica Ronei Barbosa.
Publicado: 22 de setembro de 2016, 13:58 | Atualizado: 22 de setembro de 2016, 13:58