Profissionais de saúde são capacitados sobre prevenção e atendimento do Influenza H1N1

Por Kitéria Cordeiro

INFLUENZA FUNESA (1)A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH) e Fundação Estadual de Saúde (Funesa), está realizando a capacitação para profissionais de saúde que atuam na prevenção e atendimento da gripe Influenza e do H1N1. Participam médicos, enfermeiros e profissionais da área da saúde do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), das fundações de Saúde, do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e dos Hospitais Regionais e Municipais.

A capacitação foi aberta pela coordenadora do Núcleo Estadual Educação Permanente e Educação Popular em Saúde da SES, Lavínia Aragão, pela superintendente do Laboratório Central de Sergipe (Lacen), Danusa Costa, pela diretora operacional da FHS, Márcia Guimarães, e pelo diretor geral da Funesa, Adriel Alcântara.

Uma das facilitadoras da ação, a enfermeira Mariselma Teixeira, técnica de referência em Influenza da Diretoria Estadual da Vigilância Epidemiológica, destacou o “Monitoramento da Vigilância da Influenza”, “O que é a Influenza”, “Situação em Sergipe e no Brasil”, “Notificação de Casos” e o “Monitoramento e a Distribuição de Medicamentos no Hospitais que Possuem as Unidades Sentinelas”.

No debate com o infectologista Marco Aurélio, o público participou das discussões sobre como identificar um caso suspeito, o Diagnóstico Clínico, Tratamento e Complicações, o Fluxo do Paciente, Transporte do Paciente, Diagnóstico Clínico e as Medidas de Precaução.

Já Lavínia Aragão destacou a necessidade e importância das ações de educação permanente, com vistas à capacitação dos trabalhadores e gestores, além da possibilidade de ampliação das discussões sobre a Influenza em Sergipe.

INFLUENZA FUNESA (2)“A Secretaria vem discutindo a abrangência do tema com toda a Rede Hospitalar, com a Atenção Primária, com as fundações estaduais, dentre outros atores estratégicos. Nesses dois dias iremos ampliar as discussões para qualificar toda a nossa rede estadual”, afirmou.

Para Adriel Alcântara, a união das três fundações em prol do mesmo objetivo, tratar e prevenir o vírus da Influenza, é de tamanha importância para que o assunto seja discutido entre as pessoas que cuidam dos usuários, sejam eles com gripe ou qualquer diagnóstico. “As capacitações ajudam a manter a qualidade do serviço de saúde que é prestado pelo Governo de Sergipe. O nível de resolutividade é alto porque se preza aqui pela informação e qualidade no atendimento”, disse.

Cuidado específico

A Rede Sentinela é composta por unidades de saúde (chamadas de Unidades Sentinelas) que identificam, investigam e notificam, quando confirmados, os casos de doenças, agravos e/ou acidentes relacionados ao trabalho.

Em Sergipe, são quatro Unidade Sentinelas, em parceria com o Ministério da Saúde. Essas localidades são especializadas no tratamento do vírus da Influenza H1N1. Na capital, há o HUSE e a Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco. Essas duas Unidades são responsáveis em fazer a coleta do material e encaminhar para que o estudo da cultura seja realizado no Laboratório Central de Sergipe (Lacen). Depois do resultado, são encaminhados para cada Hospital de origem para que o tratamento seja realizado.

A enfermeira Mariselma Teixeria informou que a Vigilância da Influenza no Brasil é feita através das Unidades Sentinelas e através do Sistema de Monitoramento da Gripe (Sivsp). Todas as notificações de casos devem ser feitas através da internet, fax ou nas Unidades de Saúde pela ficha SRAG, que estão disponíveis em todos os hospitais do Estado.

INFLUENZA FUNESA (3)“A SES tem atuado rápido no combate à gripe Influenza H1N1. Menos de um dia após ter noticiado o registro de três casos da doença, começamos a capacitar profissionais da área que atuam nos setores de coleta, transporte e armazenamento de amostras clínicas de casos até então suspeitos. Um novo dado apresentado na manhã de ontem mostra que todos os casos evoluíram para a cura e têm histórico de contaminação fora do Estado e do País”, afirmou Mariselma.

O gerente do laboratório de Biologia Molecular do Lacen, Cliomar Alves dos Santos, abordou as orientações sobre a forma adequada para a coleta laboratorial e suas indicações. Na ocasião o farmacêutico e bioquímico também apresentou o passo a passo dos procedimentos para coleta através do aspirado de nasofaringe e swab de nasofaringe, o preenchimento das fichas para notificação da doença, o acondicionamento e o transporte do material encaminhado para o Lacen.

“É muito importante que todas essas etapas sejam executadas conforme a nota técnica para garantir a integridade da amostra enviada ao Laboratório Central”, frisou Cliomar, ao informar que a análise do material é feita através da técnica de Imunoflorescência indireta.

Publicado: 4 de maio de 2016, 17:31 | Atualizado: 4 de maio de 2016, 17:31