Palestra destaca tratamento para hemofílicos assistidos pelo Hemose

 Por Rosângela Cruz

 

Com o objetivo de garantir a adesão de pessoas com hemofilia ao tratamento profilático com o uso do fator, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) em parceria com a Baxter, promoveu uma palestra que teve como tema ’Fundamentos da Hemofilia’. A atividade realizada no ambulatório da unidade reforçou a importância do atendimento prestado pela equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, dentista, assistente social e farmacêutico.

 

A hemofilia é uma doença genética hemorrágica, caracteriza pela deficiência quantitativa e/ou qualitativa de Fator VIII (hemofilia A) ou de Fator IX (Hemofilia B). Tem como principal consequência a perda de mobilidade do paciente. O tratamento profilático corresponde a reposição destes fatores no organismo, de maneira periódica e ininterrupta, iniciada antes ou após ocorrência do primeiro sangramento ou hemorragia da articulação (hemartrose).

 

O consultor clínico da Baxter, Gilmar dos Anjos Ribeiro, ministrou uma palestra sobre a evolução da patologia e conceitos que envolvem o tratamento da hemofilia, a exemplo de medicamentos disponibilizados pela indústria, como fator recombinante e Feiba. Ele também destacou a importância da prevenção de sangramentos. 

 

”A profilaxia evita os sangramentos, melhora a qualidade de vida desses pacientes, o que possibilita que eles levem uma vida comum, podendo trabalhar, estudar e praticar esportes sem impactos”, comentou. De acordo com a superintendente do Hemose, Rossana Maria Cahino Pereira, a palestra foi muito proveitosa. O tema proposto está associado à rotina diária do trabalho realizado no Hemocentro coordenador.

 

“Possibilitou a discussão sobre várias questões relacionadas à doença, cujo foco é o aprimoramento e atualização de informações para todos os profissionais que trabalham no serviço de hematologia e hemoterapia. Debates como esse sensibilizam a todos sobre as necessidades do paciente com hemofilia”, acrescentou.

 

Segundo Weber Teles, gerente do Ambulatório do hemocentro, o debate foi positivo especialmente para salientar a importância do processo de atendimento aos pacientes portadores de hemofilia. 

 

”Além de profissionais que compõem a equipe multidisciplinar, esse momento contou com a participação de funcionários que direta ou indiretamente atendem esse público. Esse trabalho conjunto quer garantir qualidade de vida dos pacientes com acompanhamento mais adequado”, frisou o biomédico.

 

Atualmente, o hemocentro possui um cadastro composto por cerca de 140 pacientes portadores de hemofilia, além de outras coagulopatias. Destes, 72 fazem tratamento regularmente na unidade com consultas e acompanhamento com profissionais da equipe interdisciplinar da unidade. O serviço cumpre protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, com indicações para reposição de fatores 8 e 9, destinados aos pacientes hemofílicos, dentre outras profilaxias.

 

Publicado: 10 de outubro de 2016, 12:26 | Atualizado: 10 de outubro de 2016, 12:26