Nutricionista alerta sobre consumo excessivo de chocolate na Páscoa

Com a proximidade da páscoa, é comum o consumo e a oferta de chocolate dos mais diversos sabores. São barras de chocolates, bombons, ovos de páscoa, entre outras guloseimas que devem ser apreciadas com moderação para não ser prejudicial à saúde. De acordo com o nutricionista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Gilcélio Almeida, as pessoas devem ficar atentas aos diferentes tipos de propriedades que os chocolates apresentam como açúcares e gorduras que são oferecidos no mercado.

“É importante que as pessoas estejam atentas seja um chocolate amargo ou um cacau 70% existe uma sobrecarga orgânica de qualquer forma, então, o ideal é que se tenha moderação no consumo do chocolate e, principalmente, no chocolate ao leite porque ele tem muito mais açúcar que cacau e se for consumir, preferir o chocolate que tenha pelo menos 60% a 70% de cacau e o que for ao leite, consumir o mínimo possível porque o que ele mais tem é a banha do cacau e mais açúcar e leite, principalmente aquelas pessoas que têm intolerância a lactose e aqueles indivíduos que o chocolate pode ser um desencadeador de doença, por exemplo, que tem enxaqueca o chocolate vai desencadear uma crise”, explica o nutricionista.

O consumo excessivo pode causar obesidade, enxaquecas e diarreia. Por isso, o nutricionista faz um alerta também aos pais quanto o excesso de chocolate para as crianças. “Para crianças menores de dois anos não é indicado o consumo de chocolate porque o paladar dela não foi deturpado ainda e não deve ter nem excesso de açúcar e nem de sal. É preciso ter esse controle porque o paladar da criança nessa faixa etária não reconhece esses sabores e como o açúcar gera prazer, a criança que começa desde cedo a ter acesso açúcar, começa a associar aquele alimento a prazer, e aí não consegue desvencilhar dessa ideia”, revela.

Às crianças maiores de dois anos, o ideal é presentear com o  chocolate meio amargo. “É importante saber que o chocolate meio amargo é o mais indicado, porque a concentração de cacau e seus benefícios vem embutidos nesse chocolate, a ideia é mais cacau e menos açúcar, chocolate com baixa concentração ou ao leite não são os mais indicados. Vale frisar que não existe chocolate branco, a sua composição é realizada com banha de cacau e açúcar, ingredientes que não fazem bem a saúde. A ideia de que é permitido livremente comer os chocolates lights e diets é uma questão técnica e legal da ANVISA”, reforça.

Diet e light

Ele fala, ainda, sobre a diferença entre light e diet. Algo light é que tem a redução de 25% de qualquer substância, não precisa ser gordura, açúcar ou proteína, qualquer substância em comparação ao alimento natural se tirar 25% ele é light. Já o diet é que se tira 100% de qualquer substância, então, o fato de ser diet, não quer dizer que o diabético pode consumir livremente.

“A gente já sabe que o uso de edulcorantes que são os adoçantes que a gente pode utilizar, pode ate piorar a situação de alguma questão de saúde e não controla peso, outro detalhe, os chocolates diet como é retirado o açúcar para dar estabilidade na fórmula é colocado mais gordura. A dica principal é que se a pessoa apresenta algum problema de saúde o ideal é procurar o nutricionista para avaliar qual chocolate poderia se adequar a dieta”, finalizou o nutricionista.

Foto: internet

Publicado: 17 de abril de 2019, 13:55 | Atualizado: 17 de abril de 2019, 14:22