Núcleo de Cuidados Prolongados do Huse lança projeto para desmistificar o tema morte
Por Katiane Menezes
A morte faz parte do ciclo natural do ser humano. Porém, muitos profissionais de saúde ainda sentem dificuldade de como tratar com o paciente ou com o familiar. Foi pensando em desmistificar esse tema que o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), através do Núcleo de Cuidados Prolongados, lançou o projeto “Conversando sobre a Morte” direcionado para os profissionais, estudantes, estagiários e a sociedade.
O projeto inicial aconteceu no último mês de fevereiro na sala do Núcleo de Cuidados Prolongados/Ala 300. Para este ano, os encontros serão quinzenais com o objetivo de entender e tornar o assunto mais natural. Nos encontros, os participantes debaterão sobre como é o processo de enfrentamento, a abordagem aos familiares, a questão da comunicação e tudo que envolve o contexto morte dentro de uma unidade hospitalar.
A psicóloga, Márcia Melo, foi uma das fundadoras do projeto. Ela explica como surgiu o tema e o entendimento desse assunto.
“Realizamos um evento o ano passado e uma das participantes questionou sobre as dificuldades enfrentadas dentro do hospital, na aceitação do Núcleo de Cuidados Prolongados e do tema de cuidados paliativos. Respondi que uma das maiores dificuldades era lidar com a questão da morte e a aceitação dentro do contexto hospitalar. É importante tratar sempre esse tema como algo mais natural”, explicou.
Núcleo de Cuidados Prolongados
Para a médica fisiatra da Ala 300, Márcia Cristina Macedo, é necessário ter todo o cuidado em saúde com o envelhecimento da população. Por isso foi criado o Núcleo de Cuidados Prolongados do Huse.
“Esse serviço é uma atenção tanto ao paciente com deficiência, quanto ao paciente com situações crônicas e que precisam de atenção para uma alta mais responsável ou para aqueles que estão em um processo avançado da doença”, enfatizou.
A médica diz que “ainda que existe preconceito em discutir o assunto. A receptividade varia muito: muitos se identificam com o tema e acham muito importante e outros têm estranhamento diante de um paciente mais grave ou com menos chances de se recuperar”.
Publicado: 14 de março de 2016, 17:31 | Atualizado: 14 de março de 2016, 17:31