Maternidade Nossa Senhora de Lourdes realizou quase 1.400 atendimentos em outubro
Por Júnior Matos
Referência na atenção materno-infantil de alto risco, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) realizou 1.365 atendimentos no mês de outubro. Desse total, foram 589 pacientes admitidas na unidade hospitalar e 776 receberam assistência, foram avaliadas e liberadas para o pré-natal ou transferidas para unidades de baixo risco.
A gerente do setor de admissão da MNSL, Lourivânia Prado, afirma que nenhuma paciente que procura assistência na unidade deixa de ser atendida.
“No setor de admissão (porta de entrada), a gestante é inicialmente acolhida pelo corpo de enfermagem e, em seguida, passa por uma avaliação (classificação de risco), onde será verificado se apresenta alguma patologia. Se tiver, a usuária ficará internada na unidade. Caso contrário, a paciente será encaminhada à unidade referenciada para baixo e médio risco”, afirma.
Entre os principais casos de internamentos e auxílio às futuras mamães no período estão diabetes, hipertensão, cardiopatia entre outras patologias ligadas ao período gestacional.
“Apresentei um quadro de diabetes durante a gestação. Já durante o pré-natal, recebi orientações para procurar a Nossa Senhora de Lourdes. Aqui, fui muito bem recepcionada pelos profissionais e tenho recebido um atendimento de primeira linha”, declarou a Ísis Cardoso, gestante em tratamento na área Rosa da MNSL.
Dentre os 426 partos realizados na unidade no mês de outubro, 214 foram normais e 212 aos cesáreos.
“Desde o período de internamento até o parto, tudo foi muito seguro e fácil. Isso porque a equipe de profissionais é ótima. Gostei muito da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes”, falou Patrícia Lima, mamãe da pequena Suelen.
A MNSL também desenvolve o trabalho assistencial de acolhimento às crianças, adolescentes e adultos vítimas de situação de violência. Em outubro, o serviço contabilizou atendimentos a 11 vítimas de abusos sexuais, sendo um atendimento a adultos e 10 a crianças/adolescentes.
Segundo a coordenadora do setor de Admissão da MNSL, Auciliadora Varjão, antes mesmo de procurar as delegacias da capital, do interior ou o Instituto Médico Legal (IML) para prestar o Boletim de Ocorrência, os pacientes já podem passar pelo serviço médico onde são solicitados exames laboratoriais que indicarão se contraiu alguma Infecção Sexualmente Transmissível (ISTs).
“Nos casos de violência aguda, ou seja, até 72 horas da violência, realizamos a profilaxia para evitar gravidez indesejada e doenças como AIDS, Sífilis, Gonorreia, Hepatite B, entre outras, além dos exames laboratoriais. Mas as vítimas que sofreram abuso em outros momentos, também, podem procurar a MNSL para buscar apoio psicológico e realizar exames e tratamentos relacionados às Infecções Sexualmente Transmissíveis”, ressalta Auciliadora Varjão.
Método Canguru e qualidade de vida
O Método Canguru é uma modalidade de assistência neonatal que proporciona o contato pele a pele entre a mãe e o bebê, estimulando o desenvolvimento e ajudando na recuperação de recém nascidos de baixo peso e prematuros. Em Sergipe, a MNSL é a única unidade de saúde do SUS a trabalhar com este tipo de assistência neonatal.
Somente em outubro de 2016, foram beneficiados mais 52 bebês prematuros na ala verde da ‘Lourdinha’.
“Durante o processo, é possível aumentar o vínculo afetivo entre mães e bebês através da humanização, oferecendo mais qualidade de vida aos bebês abaixo do peso”, comenta o médico neonatologista da MNSL, Alex Santana.
Ainda de acordo com o médico, “com a colocação do bebê no peito da mãe, é possível promover maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, ganho de peso, crescimento, evitando infecções hospitalares”.
Publicado: 10 de novembro de 2016, 16:44 | Atualizado: 10 de novembro de 2016, 16:44