Huse registra intenso fluxo na pediatria proveniente de doenças respiratórias

As doenças respiratórias estão levando muitas pessoas aos hospitais em busca de atendimento. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a situação não é diferente e no final de semana, período de 26 a 28, foram registrados 366 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, 100 usuários precisaram ficar internados em observação ou para a realização de exames, a maioria dos casos são de baixa complexidade e com históricos de febre, viroses, resfriados e dores de cabeça.
De acordo com o superintendente do Huse, Darcy Tavares, esse período de chuva e mudança de temperatura brusca, favorecem o aparecimento dos casos de doenças respiratórias e superlotam o pronto socorro pediátrico. “Isso dificulta o atendimento porque todo e qualquer hospital tem um limite físico, como a gente mantém uma porta aberta, a gente atende, mas quando extrapola o nosso limite físico, a gente continua atendendo, mas não nas condições ideais. A gente entende as reclamações das mães, mas não podemos de uma hora para outra ampliar espaço físico porque foge da nossa expectativa de atendimento”, explicou o superintendente.
Ele ressaltou a necessidade de esclarecimento da população quanto a essa superlotação. “É preciso que esclareça a população que trabalhamos com um protocolo de classificação de risco, a gente não é posto de saúde onde o doente é atendido por ordem de chegada, aqui é um pronto socorro do hospital mais complexo do Estado, onde a gente estabelece e utiliza esse protocolo onde o doente é atendido pela gravidade. A nossa porta é aberta e atendemos a todos que nos procuram, agora é preciso essa compreensão porque os primeiros atendimentos são as urgências”, esclareceu.
O superintendente disse ainda que o Huse faz parte de uma rede e não está programado para sozinho resolver o problema de saúde de todo o Estado. “É preciso que toda a rede de saúde funcione. Quando eu falo rede eu falo os hospitais infantis, a rede privada, as Unidades de Saúde, postos de saúde, tudo isso compõe uma rede de atendimento a saúde e precisam nos ajudar, quando acontece uma falha em algum desses elementos e recai para o Huse porque nunca fecha sua porta, nem suspende seu atendimento”, concluiu.
Publicado: 29 de abril de 2019, 15:46 | Atualizado: 29 de abril de 2019, 15:46