Grupo técnico discute estratégias para enfrentamento das doenças sazonais no estado
A SES preparou um plano de contingência para a sazonalidade das doenças respiratórias na pediatria, assim como o plano de ação para as arboviroses diante do risco de ocorrência de casos
Com o objetivo de discutir o cenário da sazonalidade envolvendo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a dengue, membros do Grupo de Trabalho Executivo da Secretaria de Estado da Saúde (SES), se reuniram para dar prosseguimento aos debates técnicos do cenário epidemiológico em Sergipe.
Na ocasião, os profissionais debateram o status da elaboração e publicação dos protocolos de manejo clínicos; o cenário das doenças respiratórias agudas e da dengue em Sergipe, definição de unidades assistenciais de referência para equipe de telessaúde para a tele-orientação e teleinterconsulta para realizar o direcionamento ao atendimento assistencial, apresentação do sistema e treinamento da equipe pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa) neste primeiro momento.
De acordo com a assessora técnica da Diretoria de Atenção Especializada à Saúde (Daes), Luciana Alves, o momento foi produtivo para reunir as áreas técnicas e discutir alguns ajustes do plano de enfrentamento às Síndromes Respiratórias. “Houve apresentação do cenário epidemiológico e observamos que essas síndromes respiratórias acometem mais crianças na faixa etária de 1 a 4 anos. Também observamos os indicadores de vacinação que vem apresentando baixa adesão com o principal público prioritário: crianças, idosos e profissionais de saúde que precisam se vacinar. Tivemos a oportunidade de acompanhar o andamento das estratégias de operacionalização”, explicou a assessora técnica.
Apesar da circulação dos vírus respiratórios influenza, H1N1, H3N2, entre outros, Sergipe não tem registrado um aumento de demanda, principalmente para casos graves. Por isso, a rede estadual de saúde tem absorvido bem os casos até o momento. Segundo o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, o Estado tem recebido no serviço de urgência casos de baixa gravidade que podem e que devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde. “A secretaria tem se preparado para esse período de maior número de casos, que é o que acontece agora na sazonalidade. Então, a estrutura tem sido ampliada e, além disso, a SES tem trabalhado com a orientação dos profissionais que estão distantes”, salientou.
Canal de comunicação
Além disso, para garantir um atendimento ainda mais eficiente, a SES e a Funesa irão disponibilizar um canal de comunicação por meio de 0800 para teleorientação. Durante a ligação, o paciente terá acesso a profissionais treinados que irão orientar o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme os sintomas relatados. Os profissionais estarão de prontidão 24 horas e seguirão o protocolo clínico elaborado pelo grupo de trabalho executivo da SES e Sociedade Sergipana de Pediatria.
A iniciativa é um formato inovador, onde os profissionais de saúde também terão acesso à modalidade teleinterconsulta, por meio das quais irão trocar informações entre médicos da unidade solicitante com o médico especialista, numa cobertura de 100% das unidades referenciadas pelos gestores municipais de saúde e as unidades da Rede Hospitalar, fortalecendo os três níveis de atenção: primário, secundário e terciário.



Fotos: Valter Sobrinho
Publicado: 10 de abril de 2024, 14:44 | Atualizado: 10 de abril de 2024, 14:44