Encontro reúne representantes de comissões de doação de órgãos para transplante de Sergipe

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 10, no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) o encontro das Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante de Sergipe (CIHDOTT). Todos os hospitais com mais de 80 leitos no Estado precisam por lei ter uma comissão implementada e atuante, por isso, o objetivo do evento é sensibilizar a atuação dos profissionais dentro do hospital. A coordenadora da Organização à Procura de Órgãos do Estado (OPO), Ana Paula Machado, explica que as CIHDOTT’s são a base do processo de doação e transplante.

“Em Sergipe nós temos uma dificuldade para que elas atuem e exerçam o papel dentro do hospital porque é no hospital onde vai ser a procura dos potenciais doadores, a OPO’s e a Central de Transplantes não têm como estar diariamente dentro de todos os hospitais à procura desses potenciais, então, a CIHDOTT de cada unidade precisa fazer esse papel dentro do hospital e além disso, extramuro, buscar a sociedade para o entendimento para o que é o processo de doação no Estado”, explica Ana Paula.

De acordo com o coordenador da Central de Transplantes em Sergipe, Benito Fernandez, quem está na instituição é que conhece a forma e o fluxo de atividade daquele hospital. “O que a gente quer é a participação efetiva das CIHDOTT’s no processo de doação e do transplante, por isso a gente está fazendo um apelo às direções dos hospitais que disponibilizem uma parte da carga horária, não precisa ser muito, quatro horas por semana para que eles desenvolvam alguma atividade relacionada à doação de órgãos naquela instituição porque o que a gente precisa é sensibilizar os profissionais de saúde, chamar a tenção deles para a doação de órgãos”, enfatizou.

Durante o evento foi debatido o que a lei determina e a importância de se tornar um doador. “Eu tenho plena certeza que quem está na lista de transplante hoje nunca se imaginou nessa situação, o evento morte vai acontecer porque só morre quem está vivo, então porque não doar os órgãos se vai se decompor o corpo. O Huse é o hospital que tem o maior fluxo de pacientes graves, então a gente foca muito o nosso trabalho aqui no hospital, chamando a atenção dos profissionais de saúde, fazendo uma parceria com o serviço social, com a psicologia no sentido de acolhimento da família, ela precisa ser assistida, não só para a doação de órgãos. A gente melhorando o acolhimento da família, estamos melhorando a assistência hospitalar”, pontuou Benito Fernandez.

Para quem participou do encontro, viu a possibilidade de novos conhecimentos e mais conscientização sobre a importância da doação de órgãos. “Um evento como esse é muito importante visto que nós somos um hospital-escola, então, a gente adquire novos conhecimentos, estimula para que a gente de continuidade a novas atividades educativas e mobiliza os profissionais que trabalham no hospital em relação a questão da doação de órgãos. Nós estamos ampliando o hospital e estimulando cada vez mais a doação de órgãos”, destacou a enfermeira do CIHDOTT do Hospital Universitário, Josimary Barbosa.

“É importante divulgar na mídia e fazer uma campanha maior sobre a doação de órgãos. A maior dificuldade é que são feitas no momento de dor da família, se eles fossem conscientizados antes e já tivessem aquela visão da importância da doação de órgãos seria mais fácil a captação e mais vidas seriam salvas”, finalizou a coordenadora da CIHDOTT e médica intensivista do Hospital São Lucas, Márcia Cristina Machado.

 

 

Publicado: 10 de julho de 2019, 16:27 | Atualizado: 10 de julho de 2019, 16:27