Complexo Regulatório de Saúde de Sergipe: grande avanço na agilidade e no direcionamento técnico dos serviços
Por Acácia Mérici
O Complexo Regulatório de Saúde de Sergipe é um espaço de inteligência do SUS no Estado, um verdadeiro salto na agilidade, na qualidade e na transparência dos serviços de Saúde tanto para os usuários quanto para os profissionais de saúde.
Com o intuito de identificar uma demanda, organizar o fluxo e regular o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde, foi implantado o Complexo Regulatório de Saúde do Estado de Sergipe quê é composto por seis centrais de regulação: Central de Regulação de Leitos para Internamento, Central de Regulação das Urgências (Samu 192 Sergipe), Central do Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida (SRIHA), Central de Tratamento Fora do Domicílio, Central de Transplantes e Central Especializada.
Criado em 2008, o Complexo atua dentro das diretrizes estabelecidas pela Reforma Sanitária do SUS no Estado, através da Lei Estadual nº 6345 e da Portaria Ministerial GM/MS 1.559/2008 da Política Nacional de Regulação de Acesso ao SUS.
“Regular significa ofertar e organizar o acesso do usuário com qualidade. É atuar com transparência, disciplinar o sistema com governança. O paciente tem a sua necessidade e damos a resposta à ele”, afirma o coordenador do Complexo Regulatório Estadual, Clóvis França.
O Complexo ainda tem como meta a otimização da oferta, qualificação do acesso com equidade, integralidade e universalidade como forma de fortalecer, cada vez mais, a assistência aos usuários do SUS em Sergipe.
“Quando há a identificação de uma demanda por leito de UTI, por exemplo, é a Central de Regulação de Leitos que vai organizar o acesso de acordo com os Protocolos Clínicos e de Acesso instituídos pelo Complexo Regulatório, seguindo as regras do SUS. Hoje, existe um entendimento técnico por parte dos entes municipais com o Estado em relação à regulação. Isso é positivo porque dá respaldo para as equipes, que qualificam cada vez mais os seus serviços. Não existe o ‘jeitinho’ para ter acesso a uma vaga e sim pelo cumprimento da Regra instituída”, explica Clóvis França.
Com o Complexo Regulatório Estadual, Sergipe tem uma melhor logística e mais tecnologia para abreviar o tempo de espera para o direcionamento dos pacientes aos serviços de Saúde.
“As demandas devem ser encaminhadas às Centrais de Regulação pertinentes por orientar os fluxos de acesso, estabelecendo a comunicação entre a gestão, o Samu e os vários serviços de saúde da rede hospitalar estadual e unidades filantrópicas”, esclarece Clóvis França.
A Central de Regulação de Leitos impacta positivamente no tempo de permanência dos pacientes que dão entrada nos Prontos Socorros, aguardando uma vaga para internamento no tipo específico de leito. Atualmente, o Complexo regula os leitos de UTI (clínico, cirúrgico, trauma e materno em unidades das Redes estadual, municipal e filantrópica), inclusive os leitos de enfermagem do Hospital Nosso Senhor dos Passos (em São Cristóvão).
O Samu 192 Sergipe está vinculado à Central de Regulação das Urgências, também em funcionamento no Complexo Regulatório. Esta tem a função de realizar a regulação pré-hospitalar móvel e o encaminhamento para a unidade hospitalar mais indicada ao atendimento ao paciente além de monitorar todas as unidades de saúde que compõem a Rede Estadual de Urgência e Emergência.
“O Samu tem um olhar bem abrangente fazendo o monitoramento das unidades e a regulação de urgência. Em caso de um resgate de um acidente, por exemplo, é a Central de Regulação que identifica a demanda e o encaminhamento do paciente à unidade que atenda a complexidade do caso, e o Samu faz primeiro atendimento com o transporte”, conclui o coordenador do Complexo Regulatório Estadual, Clóvis França.
Publicado: 22 de junho de 2016, 12:26 | Atualizado: 22 de junho de 2016, 12:26