Aedes: Hospitais Regionais atuarão como unidades sentinelas de arboviroses
Por Manuela Penacal

Atualmente, todo caso suspeito é informado às Secretarias Municipais da Saúde para que façam a notificação no Sistema Nacional. “O que pretendemos é fazer a notificação oportuna, de modo que, além do cumprimento do protocolo, possamos identificar mais rápido se o vírus está circulando e onde está o foco”, destaca a secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça.
Ela ainda destaca que será um modo de aumentar o olhar, ampliando o cuidado para saber onde e quando o vírus estiver circulando. “Poderemos acionar toda estrutura como forma de garantir não somente a assistência, mas reforçar as ações de combate ao vetor transmissor”.
Durante a reunião, o médico infectologista Marco Aurélio Góes apontou que os hospitais atendem a maioria dos casos de arboviroses e, por isso, têm condições de contribuir com o que se pretende atingir.
“Com essa proposta, a unidades sentinelas passarão a preencher, também, uma planilha com todos os casos suspeitos. A notificação das suspeitas é obrigatória, independente da realização do exame de confirmação”, afirma.
Através do constante monitoramento, pretende-se obter maior agilidade na confirmação e, consequentemente, na diferenciação das doenças. “Com isso, será possível identificar os casos mais graves e já dar início ao acompanhamento”, aponta Marco Aurélio.
Para Sidney Sá, gerente do Núcleo Estadual de Endemias, as doenças são endêmicas e, por isso, existe a necessidade constante de monitoramento. “Quando apresentam maior incidência, o município precisa de ações mais incisivas, como o reforço da Brigada Itinerante naquela localidade. A Brigada se soma à atuação dos agentes de endemias dos municípios e age com foco no combate ao vetor”, enaltece.
Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti
De janeiro ao início da segunda quinzena do mês de julho de 2016, Sergipe conta com 3.774 casos notificados para Dengue, com 1.280 confirmações; 4.927 casos notificados para Febre Chikungunya, com 3.076 confirmações; e 353 notificações para Zika Vírus, com 27 confirmações.
De acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) do mês de julho em Sergipe, sete municípios apresentam índices acima de 3,9, o que representa uma alta classificação de risco para ocorrência de epidemias e surtos: Aquidabã (5,9), Carira (8,2), Cedro de São João (6,4), Itabaiana (6,7), Nossa Senhora Aparecida (4,8), Porto da Folha (5,0) e Simão Dias (7,7).
Ainda segundo o LIRAa, 33 municípios foram considerados de médio risco: Areia Branca (1,4), Barra dos Coqueiros (1,1), Boquim (3,1), Campo do Brito (2,52), Capela (1,5), Carmópolis (2,7), Estância (1,6), Feira Nova (2,4), Frei Paulo (2,9), Itabaianinha (2,3), Itaporanga D’ajuda (1,2), Japaratuba (2,5), Lagarto (1,9), Laranjeiras (2,3), Maruim (2,4), Monte Alegre de Sergipe (3,4), Neópolis (2,2), Nossa Senhora da Glória (3,7), Nossa Senhora das Dores (2,8), Pedrinhas (3,6), Pinhão (2,2), Poço Verde (1,5), Propriá (1,5), Riachuelo (1,4), Ribeirópolis (1,1), Rosário do Catete (1,8), Santo Amaro das Brotas (1,4), São Cristóvão (2,9), São Domingos (3,7), Siriri (1,3), Tobias Barreto (1,3), Tomar do Geru (2,9). Aracaju encontra-se com índice 1,6 (até o dia 15 de julho).
O levantamento ainda apontou 13 municípios com resultados abaixo de 1%, cuja classificação é de baixo risco: Araúa (0), Canindé do São Francisco (0,3), Cristinápolis (0,9), Indiaroba (0,9), Japoatã (0,9), Malhador (0,9), Moita Bonita (0), Nossa Senhora do Socorro (0,8), Pirambu (0,9), Poço Redondo (0,8), Salgado (0,4), Santana do São Francisco (0,6), Umbaúba (0,7).
Publicado: 26 de julho de 2016, 16:06 | Atualizado: 26 de julho de 2016, 16:06